“A CRISE É UMA SOMATÓRIA DE VÁRIOS FATOS E UM PROBLEMA DE GESTÃO TAMBÉM”, DIZ MARGARETE COELHO

Em tempos de crise, Margarete diz que é preciso competência e criatividade para bem administrar (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Com o início de um novo ano, época de transição de mandatos em muitos municípios do país, prefeitos anunciam ajuste fiscal para equilibrar folhas de pagamento e conseguir fechar a conta. Fato é que, seja a nível municipal, estadual ou federal, a crise dá o tom dos discursos de gestores de norte a sul do país. No Piauí não é diferente. Prefeitos de várias cidades do estado decretaram emergência e o Tribunal de Contas (TCE-PI) fechou o cerco. Ontem (26), o órgão rejeitou o decreto de 15 municípios, em decisão unânime. 

Com tanta gente reclamando da crise, sejam gestores ou não, o governo estadual defende bons indicativos, inclusive a nível nacional. Dentro desse cenário, surge a dúvida: seria a crise, então, uma “muleta” para que os gestores não realizem um bom trabalho? Ao Política Dinâmica, a vice-governadora Margarete Coelho (PP) disse que a crise é generalizada e não pode ser atribuída a uma causa específica, “é uma somatória de vários fatos e inclusive um problema de gestão também”. Para ela, muitos gestores não se prepararam para o momento que o país vive e acabam sendo mais castigados, especialmente no Nordeste, com a seca que dificulta ainda mais as gestões.

“Não diria a crise como uma muleta, mas a transição de uma gestão para outra é sempre muito difícil, principalmente quando vem de uma situação para uma oposição. Muitas vezes o gestor deixa a caixa preta para o outro abrir, mas eu acredito que com criatividade, com determinação e competência, com uma equipe bem afinada nós podemos fazer mais com menos. É esse momento que nós vivemos na gestão: de você saber retirar do recurso público o máximo que puder. É o princípio da economicidade”, declarou.

A resposta da vice-governadora à incógnita só corrobora com a tese de que é possível fazer mais, mesmo em um cenário de crise. Há saídas bastante razoáveis e que não comprometem de forma tão drástica a administração pública, como a cobrança de débitos antigos e a própria economicidade de que falou Margarete Coelho.

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