PF DIZ QUE REJANE RECEBEU “VANTAGEM INDEVIDA”

Primeira-dama do Piauí é alvo de operação da PF (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27) após a 3ª fase da Operação Topique, a delegada Milena Caland disse que a deputada federal e primeira-dama do Piauí Rejane Dias (PT) recebeu vantagem indevida. Tudo aconteceu a partir do esquema de corrupção no transporte escolar do Piauí. Parentes dela também teriam se beneficiado.

"O envolvimento da esposa do governador se refere e se justifica em razão do exercício do cargo de secretária de Educação, de 2015 e 2018, pois os dois pregões analisados são exatamente de quando ela esteve à frente da Secretaria de Educação. Então, estamos investigando as pessoas que pagaram os contratos e ela como secretária, que autorizava os pagamentos, necessariamente estaria presente. Além dessa questão do cargo, ao longo da análise, constatou-se que houve recebimento de vantagem indevida por ela e por familiares dela", disse.

Rejane Dias foi secretária de Educação do Piauí de 2015 a abril de 2018, no terceiro governo do marido Wellington Dias (PT). Nesta segunda, a casa dela em Teresina e o gabinete na Câmara Federal foram alvos da Polícia Federal. A casa de um irmão de Rejane em Teresina também foi alvo de buscas, pois, segundo a Polícia Federal, ele faz parte do esquema.

A Topique investiga crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraudes em licitação na Secretaria de Educação do Piauí. Conforme a PF, o Governo do Estado manteve contratos com empresas de locação de veículos investigadas mesmo após as primeiras fases da operação. Na Seduc, a PF apura desvio de, no mínimo, R$ 50 milhões.

REJANE AFIRMA QUE SE PAUTA NA LEI

Em nota, a deputada federal Rejane Dias disse que recebeu com tranquilidade os desdobramentos da Operação Topique. Ela afirmou que durante seu exercício à frente da Secretaria de Educação do Piauí sempre se portou em observância às Leis e que está à disposição para dar todos esclarecimentos necessários.

O governador Wellington Dias também divulgou nota e classificou a operação como espetáculo. Ele voltou a dizer que a investigação não é contra o Estado, mas sim contra empresas. Segundo Dias, a operação nos moldes como ocorreu nesta segunda foi desnecessária e desproporcional.

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