RAQUEL DODGE CRIA FORÇA TAREFA DA TOPIQUE

Raquel cria Força Tarefa para apurar esquema (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por meio da Portaria PGR/MPU nº 940, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (23), determinou a formação de uma Força Tarefa para atuar nos processos da Operação Topique, que investiga um robusto esquema de corrupção no serviço de transporte escolar no estado do Piauí.

A Força Tarefa será composta pelos procuradores Marco Aurélio Adão, Tranvanvan Feitosa e Israel Gonçalves Santos Silva. Os três membros da Procuradoria da República no Piauí vão atuar em conjunto com a procuradora Cynthia Arcoverde Ribeiro Pessoa, totalizando uma força tarefa de quatro procuradores da República nas investigações da Operação Topique.

O número corresponde a quase um terço da força tarefa da Lava Jato no Paraná, que possui 13 procuradores no âmbito da Justiça Federal no estado. A Lava jato é a maior operação contra a corrupção da história do país e uma dos maiores do mundo. No Piauí, o processo n° 5516-05.2016.4.01.4000, referente à Operação Topique, tramita na 3ª Vara da Justiça Federal.

Polícia Federal cumpriu mandados na Seduc (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

MAIOR OPERAÇÃO DO PIAUÍ
A Operação Topique, deflagrada pela Polícia Federal no dia 2 de agosto deste ano, bateu as portas da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc). O alvo foi uma estruturada organização criminosa formada por empresários do setor de transportes e locação de veículos, pessoas ligadas a esses empresários e agentes públicos. Duas servidoras da Seduc e outras 21 pessoas suspeitas de participação no esquema foram presas na ocasião.

A Secretaria de Educação do Piauí foi comandada pela primeira-dama do estado e deputada federal Rejane Dias (PT) até abril deste ano, quando ela se afastou para disputar a reeleição. Atualmente, o secretário é Helder Jacobina, braço-direito da primeira-dama. O governo do Estado alega repetidamente que a Operação Topique tem como foco os empresários.

Esquema no transporte escolar desviou milhões (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

De acordo com a PF, o grupo criminoso fraudava licitações, desviava recursos públicos e praticava lavagem de dinheiro. A estimativa é de quase R$ 120 milhões desviados entre 2013 e 2017 de um total de R$ 297 milhões pagos às empresas prestadoras do serviço de transporte escolar no Piauí. A formação da Força Tarefa evidencia a robustez do esquema.

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