DEPUTADO DIZ SER VÍTIMA DE ARBITRARIEDADE NO PDT

Deputado piauiense critica postura do PDT (Foto: Divulgação/Assessoria Flávio Nogueira)

Durante a entrevista coletiva em que deputados do PDT e do PSB anunciaram que vão entrar com ações na Justiça para poderem deixar seus partidos após terem sido suspensos, o deputado federal Flávio Nogueira fez duras críticas ao PDT, partido que ele preside no Piauí.

Nogueira, um dos que vão à Justiça, condenou o fato da legenda querer impor a forma dos seus membros votarem. O político chamou de arbitrariedade a atitude da direção nacional do partido com relação a ele, que é presidente estadual do partido no Piauí há quase 20 anos.

"Quanto a mim que sou presidente do partido no Piauí, nem sequer tenho o direito mais de exercer essa função de presidente. Fui cassado. Cassado numa arbitrariedade e por isso agora nós recorremos ao Tribunal Superior Eleitoral", falou o parlamentar.

PDT VIVE A DÉCADA DE 40

Flávio Nogueira afirmou que o PDT ainda vive a realidade das décadas de 30 e 40. Segundo ele, leis daquela época eram inovadoras porque o país entrava na era da industrialização. No entanto, critica o fato do partido até hoje viver apoiado numa legislação do passado.

"O partido vive ainda a década de 30 e 40, do tempo de Getúlio Vargas, com leis que naquela época eram inovadoras. O Brasil saía de uma grande fazenda agrícola e entrava na era da industrialização. Por isso o Getúlio passou a formatar aquelas leis trabalhistas. O partido ainda vive apoiado nessas leis antigas, mas hoje tudo está moderno, a economia está moderna e precisamos de mais leis para flexibilizar a economia e empregar mais gente. Nós precisamos modernizar os partidos, principalmente os que se dizem trabalhistas", disse.

A deputada Tábata Amaral, de SP, também vai à Justiça (Foto: Assessoria Flávio Nogueira)

AÇÕES INDIVIDUAIS NA JUSTIÇA

Nesta terça-feira (15), sete deputados (quatro do PDT e três do PSB) anunciaram que vão ingressar no TSE para poderem deixar os partidos sem perderem os mandatos. Eles alegam perseguição das legendas após terem votado a favor da reforma da Previdência na Câmara.

As ações serão individuais, mas todas com um mesmo objetivo. Uma das alegações principais dos pedetistas é que o partido aplicou suspensão e, passados quase três meses, se nega a dar uma definição para cada um deles. Prejudicados, os deputados decidiram ir à Justiça.

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