Quando assumiu o Governo do Estado para o quarto mandato em janeiro de 2019, o governador Wellington Dias (PT) prometeu que não iria repetir o festival da convocação de suplentes na Assembleia Legislativa do Piauí. Defendendo austeridade na gestão pública, ele apontou que chamaria no máximo três suplentes para o parlamento estadual.
A vice-governadora Regina Sousa (PT) foi no mesmo caminho. Declarou à imprensa que era preciso acabar com tantos suplentes convocados, pois, segundo ela mesma reconheceu, cada suplente empossado era mais gasto para o Estado. “Vamos diminuir aí a chamada de deputados, pois é despesa. Cada vez que você chama um deputado e um suplente entra, é mais despesa que você aumenta.”, disse a vice-governadora em maio de 2019.
Passados alguns meses, o governador Wellington Dias parece não ver mais a necessidade de austeridade. Já chamou nove suplentes para a Assembleia Legislativa. É o triplo do que ele considerava ideal no começo da gestão, quando sugeriu que chamaria no máximo três.
Regina Sousa não fez nenhuma crítica pública ao fato do governador ter descumprido o que disse e chamado nove suplentes em 20 meses. É quase um suplente convocado a cada dois meses. A última empossada foi a radialista Jôve Oliveira (PTB), que ficou na 10ª suplência da coligação governista em 2018. Com a efetivação do primeiro suplente Bessah (Progressistas) após a morte de Fernando Monteiro, ela é hoje a nona suplente.
Poucos meses se passaram e o festival continua. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.
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