O GOVERNO NAS MÃOS DE THEMÍSTOCLES

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (PMDB), deverá ser reeleito para a presidência da Casa pela sétima vez. A recondução do peemedebista faz parte de uma manobra política que tem o apoio do governador Wellington Dias (PT). A eleição deveria ocorrer apenas em fevereiro de 2017, mas deve ser antecipa para junho de 2016, para que Themístocles possa concorrer.

Os deputados do PT afirmam que não existe no partido qualquer ressentimento da eleição de 2015, quando Themístocles derrotou o candidato petista, deputado Fábio Novo. A permanência do atual presidente no cargo é considerada essencial pelo governador.

Themístocles tem sido indispensável para a aprovação de matérias polêmicas de interesse do Palácio de Karnak. Devido o prestígio e a força política do peemedebista, o governador e o PT têm virado reféns de Themístocles. Sem ele, Wellington dificilmente consegue aprovar algum projeto na Assembleia.

CHAPA EM 2018

Essa dependência petista em relação a Themístocles, poderá resultar na candidatura do peemedebista a vice-governador na chapa possivelmente encabeçada por Wellington Dias em 2018. Esse seria o plano político do presidente e do PMDB.

O PMDB tem apoiado o governo de Wellington Dias. Themístocles nega que o apoio esteja condicionado a cargos e afirma que a sigla apoia apenas os projetos de interesse do Piauí. “Nenhum deputado nesta Casa foi eleito para votar contra o partido. Se o governo enviar um projeto que é bom, nós devemos aprovar. Nenhum deputado pode votar contra. Apoiamos o governo neste ponto”, declarou.

SEM MÁGOAS

O líder do PT, deputado João de Deus, afirma que o partido ainda não se reuniu para discutir o assunto. “Acreditamos que é muito cedo para discutirmos a eleição para presidente da Casa. Nem sabemos se vai ser mesmo em junho. Mas o partido não tem rejeição ao nome do presidente Themístocles. Acredito que o governador também não tenha, mas é algo pessoal”, comentou.

De acordo com João de Deus, dificilmente o PT lançará um nome como candidato a presidente da Assembleia como ocorreu em 2015. “Nenhuma deputado manifestou o interesse até esse momento. Mas se alguém tiver interesse o partido irá conversar e analisar a possibilidade e buscar os apoios necessários”, disse.

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