TERESA BRITTO AFIRMA QUE DEBATES NA CÂMARA SOBRE FIRMINO NA LAVA JATO SÃO REPETITIVOS E “PERDA DE TEMPO”

Vereadores discordam sobre necessidade de Firmino prestar explicações na Câmara (Foto/Montagem: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A sessão plenária da Câmara de Teresina esteve movimentada na manhã desta terça-feira (18), motivada pela delação do executivo da Odebrecht Ambiental, Alexandre Barradas. Entre as denúncias, existe uma que envolve diretamente a capital: Firmino Filho teria recebido R$ 500 mil da construtora, em duas parcelas, para a campanha de 2012.

Quando o requerimento que pedia a ida de Firmino à Câmara – de autoria do vereador Dudu (PT) – era discutido, a vereador Teresa Britto (PV) pediu que os debates fossem finalizados para começar a votação. Base aliada e oposição discordam sobre a necessidade do prefeito prestar esclarecimentos na Casa.

Ao Política Dinâmica, a parlamentar afirmou que as discussões estavam perdendo produtividade e que Dudu está tentando fazer “média com a mídia”. “Quase todos os vereadores já tinham falado e nós precisávamos avançar. A discussão, quando está produzindo, é importante. Quando é repetitiva, é perda de tempo”, disse.

Teresa se juntou aos colegas da base aliada que, a pedido da líder do prefeito, vereadora Graça Amorim (PMB), votaram contrários ao requerimento do vereador Dudu (PT). A justificativa é que o parlamento municipal não está apto a discutir ou julgar o caso. “Nós temos um foro que realmente tem competência para tratar dessa questão, que é o Supremo Tribunal e não a Câmara Municipal de Teresina. Nem a Justiça estadual tem competência para isso, é a Justiça federal”, declarou.

Os vereadores em pé são aqueles que se manifestaram contra a ida de Firmino à Câmara para prestar esclarecimentos (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

A vereadora disse ainda que espera a correta investigação e punição dos culpados, mas que isso não pode ser feito sem julgamento. “A todos que são citados que sejam feitas averiguações para saber se há fundo de verdade. Só se pode dizer que alguém é culpado quando a justiça culpa. Sou a favor de que os culpados paguem pelos seus crimes”, explicou Teresa.

CONTRAPONTO

Em resposta ao requerimento de Teresa, o vereador Dudu afirmou que não entende “um parlamento que se proíbe discutir” as questões colocadas em pauta, especialmente em casos como este. Para ele, os vereadores que se furtam ao debate se colocam como uma “redoma” que protege o prefeito Firmino Filho.

Comente aqui