MÉDICOS DO IAPEP E PLAMTA PARALISAM ATIVIDADES

A diretora do Iaspi, Daniele Aita (Foto: CCOM)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O impasse entre os médicos e a administração dos planos de saúde Iapep e PLAMTA continua. Os planos são direcionados para os servidores do estado, que já têm dificuldades no atendimento há algum tempo. Em janeiro, a categoria também se mobilizava na cobrança de soluções por parte do governo.

Em comunicado, o Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) afirmou que

“a deliberação aprovada em assembleia geral da categoria, realizada no dia 07/03/2017, que decidiu pela paralisação do atendimento eletivo aos usuários dos planos de saúde IAPEP-SAÚDE e PLAMTA durante todo o dia 13/03/2017 (segunda-feira) em caráter de advertência pelo não cumprimento dos acordos firmados com a categoria, os constantes e injustificados atrasos de pagamentos, as excessivas burocracias impostas ao médico prestador, as glosas injustificadas e abritrárias (sic), a defasagem nos valores dos procedimentos e elevado custo imposto ao médico para aquisição e uso da licença biométrica.

Ressalta-se, por oportuno, que serão resguardados os atendimentos aos casos de urgência e emergência”.

Em entrevista ao Política Dinâmica o presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI), Samuel Rêgo, afirmou que o objetivo da paralisação é chamar atenção para o problema que os médicos prestadores de serviços aos planos Iapep Saúde e Plamta – ambos administrados pelo governo estadual – vêm enfrentando. Segundo ele, esta é uma paralisação de advertência e até o momento não há nada definido quanto à greve. Até agora, esta não é uma intenção do movimento.

“Estamos há mais de um ano em mesas de negociação e os acordos não foram cumpridos”, declarou o presidente do SIMEPI e disse ainda que esta é uma tentativa de fazer com que o PLAMTA “volte a ser referência” no setor.

Exames não autorizados pelo PLAMTA e casos de pacientes que precisam ingressar com ação na Justiça para realizar cirurgias foram elencados como causas para a paralisação. Samuel Rêgo afirmou ainda que os médicos são onerados pelo plano, já que cada médico precisa pagar R$ 1.100 pela instalação do sistema de computador para realizar suas atividades.

Ele classificou esta situação como “descaso do governo”.

CONTRAPONTO

Por meio da assessoria de imprensa, a diretora-geral do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado do Piauí (Iaspi), a médica Daniele Aita, afirmou que o Iaspi vem realizando pagamentos dentro dos prazos e a previsão dada em janeiro com o Sindicato de Hospitais (Sindhospi) está sendo cumprida, bem como o percentual de glosas dos serviços previamente autorizados, nos últimos seis meses, do Iapep Saúde foi de cerca de 1,89%, sendo que todos foram feitos com fundamentação técnica.

"Todos têm acesso a pedir recurso e tem a possibilidade de receber conforme correção da fatura", diz a diretora do Iaspi. Segundo ela, não há motivo real para paralisação, pois foram solucionados inclusive problemas técnicos, com a digitalização de guias de atendimentos de forma que não haverá prejuízos na fatura do prestador referente à produção de janeiro deste ano, cuja auditoria será realizada em março.

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