Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O presidente nacional do Sesi João Henrique Sousa (PMDB) tem articulado a realização de uma convenção extraordinária do partido em janeiro de 2018. Sousa é vice-presidente PMDB Piauí e pretende reunir o partido para definir os rumos que a sigla irá tomar nas eleições do próximo ano. A convenção seria também um artifício para João Henrique medir a aceitação da sua proposta dentro do partido. Caso seja um navio prestes a afundar, ele pode buscar um novo partido para viabilizar a candidatura.

Se o evento realmente ocorrer, o ex-ministro pretende questionar os delegados peemedebistas se a legenda deve se coligar com o PT e indicar a vice; se deve coligar com o PT e indicar um nome para o Senado; ou, ainda, se o PMDB deve sair com candidatura própria ao governo do Estado.

A primeira opção é a preferida da ala situacionista do PMDB, que pretende ter o deputado estadual Themístocles Filho (PMDB) ao lado de Wellington Dias (PT). Já a terceira opção – da candidatura própria – é a escolha de João Henrique já há bastante tempo, vide suas caravanas pelo interior do Piauí. Ele já declarou, inclusive, que a aproximação do PT e o PMDB no Piauí é “esquisita” e não seria bem vista pelo presidente Michel Temer, também do PMDB, por sua vez bastante próximo de João Henrique.

Atualmente toda a bancada estadual do PMDB, com exceção da deputada Juliana Falcão, defende a permanência no governo e o apoio nas eleições de 2018, mas a situação não é nem de longe aceita por João Henrique, que entra ainda em divergência direta com o presidente da sigla no Piauí, o deputado federal Marcelo Castro, que também apoia a reeleição de Wellington.

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