WELLINGTON ENFRENTA CRISE NA BASE E PRESSÃO DE ALIADOS

Governador tem sido pressionado de todos os lados pelos adversários (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

É muito partido e interesses diversos para pouco espaço. A eleição de 2018 ainda nem chegou e os aliados do governador Wellington Dias (PT) começam a travar uma batalha pública na base aliada.

Wellington tem sido pressionado de todos os lados e chegou a pedir uma “trégua” aos aliados. O pedido foi feito em especial ao PSD. A sigla é presidida no estado pelo deputado Júlio César. O parlamentar quer uma das duas vagas de senador da chapa majoritária.

Sem a vaga, o PSD ameaça seguir para a oposição. Wellington pediu um tempo até janeiro de 2018 para resolver a questão. As vagas de senador são disputadas ainda pelo PP e pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A batalha promete ser acirrada.

O PT, partido do governador, que tem Regina Sousa como senadora não quer abrir mão da vaga. Do outro lado, o PP de Ciro Nogueira nem cogita a possibilidade dele não ser candidato à reeleição. Nesse cenário, o PSD não tem espaço e Júlio César sabe disso.

Aliados insatisfeitos começam a pressionar Wellington Dias (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

“Não há prazo com data marcada para definir isso. Há um pedido meu a todos os partidos aliados para que possamos saltar o tema da política agora em 2017 e tratar apenas em 2018, que é o ano da eleição. Temos uma relação muito positiva com os líderes do PSD, com a coordenação do deputado Júlio César, vamos tratar com o partido sobre sua estratégia apenas em 2018”, afirmou Wellington Dias.

Pela vaga de vice também há disputa. Esse espaço é almejado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (PMDB), e pelo PP de Ciro. Os progressistas possuem a vice com Margarete Coelho, que deseja concorrer à reeleição. Do outro lado, Themístocles avisa que o PMDB só apoiará o petista se ele for o vice. Wellington também empurra essa discussão para 2018.

PP quer a vaga de vice e a reeleição de Ciro como Senador (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

BRIGA POR VOTOS

Os aliados também já anteciparam a briga pelos chamados “currais eleitorais”. Da Assembleia Legislativa partem a todo momento reclamações dirigidas ao Palácio de Karnak de que secretários de Wellington estão usando a máquina para garantir votos no interior.

Deputados aliados que buscam a reeleição temem perder os votos para novatos como o secretário de Administração, Franzé Silva (PT), e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, que deve se filiar ao PT.

Aliados como os deputados João Madison (PMDB) e Mauro Tapety (PMDB) chegaram a pedir uma “forcinha” da oposição para que a insatisfação chegasse ao governador. Eles foram reclamar ao oposicionista Gustavo Neiva (PSB) sobre a situação.

Sem vice, PMDB cai fora da base aliada de Wellington (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

Sem perder tempo o parlamentar da oposição fez um pronunciamento alertando o Ministério Público Federal sobre a possível compra de votos antecipados. Pronto, a pressão teve efeito e Wellington voltou a se reunir com os peemedebistas para acamá-los sobre 2018.

A eleição do próximo promete ser acirrada e Wellington sabe que além dos adversários terá que enfrentar o desafio de manter unida uma base robusta e cheia de interesses diversos. Ele terá que provar que é de fato um grande articulador para que o grupo político não se transforme em uma Torre de Babel.

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