O secretario de Desenvolvimento Urbano, Marco Antônio Ayres, surpreendeu a oposição na Câmara ao aparecer, sem ser convocado, para prestar esclarecimentos sobre a polêmica licitação do lixo na capital. O gestor solicitou uma conversa informal com os vereadores e levou explicações para a licitação que envolve valores de R$ 645 milhões.
Em entrevista ao Política Dinâmica, Marco Ayres explicou que o valor acima da média se deve a uma ação judicial da Aeronáutica, na Justiça Federal, em Brasília, pedindo a retirada do lixão, que fica localizado na zona Sudeste da cidade. Segundo ele, se a Justiça conceder a liminar, a retirada para outro local irá gerar altos custos.
“Reajustamos o edital à realidade de Teresina. Mas existe uma ação antiga na Justiça Federal, em Brasília, movida pela Aeronáutica, para desativar o lixão. Se houver a ordem judicial teremos que fazer um processo de emergência. Não podemos ficar com o lixo parado na cidade ou jogado nos lixões. O preço aumenta devido a essa ação, se a resposta da Justiça for contrária, volta ao preço normal”, disse.
TCE DEU PARECER
Marco Antônio Ayres lembra que o Tribunal de Contas do Estado ( TCE) deu parecer favorável ao edital. “A promotora Leida Diniz pediu ao TCE uma auditoria no edital. O TCE fez e constatou a legalidade do edital. Então não entendo porque a oposição questiona algo que o TCE legalizou”, disse.
SECRETÁRIO NÃO CONVENCE
O vereador Dudu (PT) afirmou que as explicações do secretário Marco Antônio Ayres não convenceram. Ele informou que irá entrar com uma ação no Ministério Público Federal pedindo a suspensão da licitação.
“Da forma como esse edital foi colocado entendemos que há um direcionamento da licitação. Esse valor é muito distante da realidade. Por ano a prefeitura gasta apenas R$ 78 milhões com o lixo. E a licitação fala em R$ 645 milhões. É muito disparate. Vamos ao Ministério Público Federal pedir o cancelamento”, disse.
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