PT BUSCA RENOVAÇÃO PARA SE MANTER VIVO

Cinco candidatos na mesa para a disputa pela presidência estadual e municipal (Foto:LídiaBrito/PoliticaDinamica.com)

A manhã do sábado foi de debates entre os candidatos que disputam a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) tanto a nível estadual quanto municipal. A eleição irá ocorrer dia 9 de abril e os candidatos correm contra o tempo para conseguir os votos dos delegados do partido.

Na disputa pela presidência estadual, o deputado federal, Assis Carvalho, tem como adversário o ex-presidente da sigla, Pedro Calisto. No cenário municipal, Nayara Costa, Delegado Jatan e o ex-vereador Gilberto Paixão disputam o cargo.

Apesar das diferenças entre as propostas e os perfis apresentados pelos concorrentes, em uma coisa eles foram unânimes: o PT precisa de renovação para se manter vivo. Os candidatos avaliam que o partido tem passado por um processo de enfraquecimento e desmotivação da militância devido os escândalos de corrupção, impeachment de Dilma Rousseff e a constante ameaça de prisão do ex-presidente Lula.

Assis Carvalho e Gilberto paixão fazem dobradinha (Foto:LiídiaBrito/PoliticaDinamica.com)

Para Assis Carvalho, o partido precisa resgatar a velha militância. “Sou candidato para resgatar a velha militância. E alguns andam desanimados. Precisamos de mais jovens, mais mulheres, dos quilombolas, com quem tenho uma relação mais próxima, com os negros e as pessoas do terreiro. O PT nasceu para dar espaço para setores que não possuíam espaço no campo da política. Sou candidato para buscar dialogar com meu partido e abrir mais espaço para tudo que representa a sociedade brasileira. O PT deve ser de todos e todas”, disse.

O adversário dele, Pedro Calisto diz que a falta de renovação tem impedido o partido de conseguir eleger um prefeito em Teresina. “Em Teresina o PT nunca conseguiu entrar verdadeiramente em uma disputa pela Prefeitura. O PT tem que começar a trabalhar nomes para em 2020 entrar nessa disputa. Temos que fazer uma bancada maior de vereadores. É preciso ter lideranças novas, precisamos renovar o partido. A mesma coisa precisa ocorrer a nível estadual”, disse.

O ex-vereador Paixão afirma que o PT tem que atrair novos filiados e deixar de ser um partido ligado apenas a imagem do governador Wellington Dias. “Praticamente temos nos resumido ao Wellington Dias. O povo só aceita ele pela experiência que já tem. É preciso renovar. Temos quadros, lideranças importantes que poderiam se destacar no debate, precisamos aprofundar o debate. Construir novas lideranças, não podemos depender apenas do governador, de uma única liderança. Isso também a nível nacional. Temos que ter coragem de enfrentar esse momento difícil, ir para rua e defender o partido”, disse.

PT discute a necessidade de renovação do partido (Foto:LídiaBrito/PoliticaDinamica.com)

O delegado Jetan, que disputa a presidência municipal, afirma que para se renovar o PT precisa descentralizar as ações do partido. “O PT chegou ao fundo do poço e começa a se reerguer. Para a capital temos a estratégia de fazer o que o PT esqueceu de fazer que é a formação política. É preciso andar nas bases, na periferia, nos movimentos sociais, andar mesmo, descentralizar, e pulverizar em cinco grandes zonas. Defender o partido”, disse.

Na disputa pela presidência municipal, Nayara Costa avalia que as minorias precisam ter mais espaço no partido. “Estamos visando reorganizar o partido e voltar aos movimentos sociais. O PT nasceu nos movimentos. É preciso priorizar as bandeiras do PT que estão esquecidas. Valorizar a militância para que possamos ter novos protagonistas. Quando for em 2020 possamos ter um grupo organizado com essas novas lideranças para disputar eleições”, comentou.

Comente aqui