Passada a eleição para a escolha de Mesa Diretora com a derrotado prefeito Firmino Filho (PSDB), na Câmara de Vereadores a expectativa é pela reação do prefeito Firmino Filho (PSDB). A postura do tucano pode ser fundamental para a abertura ou não da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo vereador Dudu (PT), para investigar possíveis irregularidades em doações de terrenos feitas pela prefeitura.
Se o tucano decidir pela retaliação com os vereadores que participaram da rebelião, a CPI corre o risco de ser aprovada. Apenas 10 votos são o suficiente para a abertura da investigação. No momento, a oposição só tem quatro parlamentares. Mas com a votação, cresceu a esperança dos oposicionistas sobre a possibilidade de aumentar o número com o voto dos insatisfeitos.
“A Casa mostrou que não aceita mais interferência do Palácio da Cidade. A Câmara é independente. Vamos apresentar na próxima semana a proposta para abrir a CPI e investigar essa doações irregulares. A Câmara agora é independente”, disse.
Parlamentares mais experientes apostam que Firmino deve buscar o diálogo para evitar o racha na base. “O prefeito é um homem de diálogo. Ele vai chamar a base para conversar. Essa é a postura mais sábia. Uma posição contrária a isso seria pior. Tem essa proposta de CPI. É preciso ter cuidado”, afirmou um parlamentar que não quis se identificar.
O vereador Jeová Alencar, reeleito contra a vontade de Firmino, diz que continua fiel ao prefeito. Ele fez um esforço para negar qualquer crise com o Palácio da Cidade.
“Eu sou aliado ao prefeito. Não houve golpe ou qualquer coisa do tipo. Somos amigos e vou continuar trabalhando para ajudar o prefeito. O que ocorreu foi um assunto interno da Casa. Não há relação com o Executivo”, afirmou.
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