O PMDB estendeu a bandeira branca na base aliada, pelo menos temporariamente. Nesta terça-feira (11), a crise causada pela insatisfação do deputado Pablo Santos (PMDB) no comando da Fundação de Saúde foi temporariamente resolvida.

O governador Wellington Dias assinou o contrato que transfere para a Fundação de Serviços Hospitalares, a administração de seis unidades de saúde situadas na capital e no interior do Piauí. Pablo passa a administrar os hospitais Getúlio Vargas, Infantil Lucídio Portela e de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina.

No interior, ele fica com o comando do Hospital de Picos, Piripiri e São Raimundo Nonato. Uma das maiores insatisfações de Pablo era com relação a Picos. O deputado é votado na região e não abria mão de indicar uma pessoa de confiança pera direção do hospital. O conflito foi resolvido com a nomeação de Patrícia Santos para o cargo.

Insatisfeito, Pablo chegou a ameaçar entregar o cargo e voltar para a Assembleia. A posição do deputado causou preocupação na base, mas havia deputado dentro do PMDB garantindo que ele “não teria coragem para isso”. Pelo sim pelo não, o governador Wellington Dias resolveu não “pagar para ver” e cedeu à pressão do peemedebista.

O trabalho da Fundação Hospitalar será avaliado pela Secretaria de Saúde. A pasta é comandada hoje pelo petista Florentino Neto. “Não é simplesmente uma transferência de obrigações. Essa fundação será periodicamente avaliada, há metas qualitativas e quantitativas a serem atingidas, indicadores avaliados e, posteriormente, com o resultado da avaliação, a tendência é que descentralizemos outros hospitais”, explicou o secretário de Estado da Saúde, disse Florentino.

Apesar do governo pregar que a paz foi selada, Pablo Santos ainda quer mais. Nos próximos meses o peemedebista passará a reivindicar o controle de outros hospitais do interior.