MARCELO CASTRO DEFENDE SISTEMA MISTO

Marcelo Castro defende o sistema misto de campanha (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

Após ser relator do projeto de reforma da previdência, que resultou em uma fracassada tentativa de aprovação de medidas mais efetivas, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) volta a defender a necessidade de mudanças no sistema político do país. Para ele, o sistema misto conseguiria resolver muitas das distorções políticas do Brasil.

“Eu sou a favor do melhor sistema que existe no mundo: o sistema misto. Quem diz isso não sou eu, mas os maiores cientistas políticos do mundo. Qualquer sistema tem vantagens e desvantagens, por isso, o melhor é conjugar os dois sistemas. Quando se une os dois - majoritário e distrital - com o proporcional de lista, as deficiências de um são compensadas pelo outro”, explicou.

O deputado diz achar muito difícil que as mudanças que possam ser aprovadas agora já passem a valer para a eleição de 2018. “Defendo que o Brasil precisa dessa reforma urgente. Muito difícil aprovar para o próximo ano porque é uma renovação muito radical. Mas as grandes autoridades do país estão defendendo esse modelo. É preciso uma transição para um sistema melhor que é o misto”, comentou.

Para Marcelo, o momento político é diferente devido à ausência do financiamento de empresas. Segundo ele, é preciso aprovar uma reforma para decidir sobre uma nova forma de se fazer campanha. “A situação é diferente porque na época havia o financiamento por empresas. Não é possível se fazer uma campanha esperando o dinheiro do povo. Eu me atrevo a dizer que o cidadão tem mais ansiedade de receber dinheiro do político do que oferecer algo a ele. Imagina fazer uma campanha confiado no dinheiro de pessoa física com o conceito que a população tem hoje do político. Agora o Congresso tem uma maior simpatia para aprovar a reforma. Não tem como fazer campanha sem recursos. As empresas financiavam 80% das campanhas. Agora sem dinheiro é difícil fazer a campanha individualizada. Por isso é urgente aprovar uma reforma”, declarou. 

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