O ex-governador Wilson Martins (PSB) analisa o cenário político para uma possível volta em 2018. Na manhã desta quinta-feira (20), ele recebeu a equipe do Política Dinâmica para um entrevista exclusiva. O encontro ocorreu na clínica médica dele, localizada no Centro da cidade.

De jaleco e entre um atendimento e outro de pacientes, ele falou entre outros temas sobre o desfecho da eleição de 2016 para o partido. Apesar da sigla ter conseguido eleger 34 prefeitos no Piauí, o resultado da disputa municipal foi desastroso para o partido em Teresina.

Na capital, o PSB não conseguiu eleger nenhum vereador. Em 2012, a sigla havia feito três. Ao ser questionado sobre o assunto, ele reconheceu que o partido errou de estratégias e ainda foi prejudicado pela coligação montada pelo prefeito Firmino Filho (PSDB).

Com protestos dentro da legenda, o tucano empurrou o partido para uma aliança com o PSL e o Solidariedade. Os candidatos a vereadores pelo PSB foram para a disputa sabendo que as chances de sucesso eram mínimas.

Ao Política Dinâmica, Wilson revelou, que após a eleição, com a cabeça fria, foi possível analisar que a melhor estratégia naquele momento teria sido lançado candidato próprio. Ele comparou a situação com 2012.

“Na eleição de 2012 o cenário era outro. Lançamos um candidato que foi fundamental para levar a disputa para o segundo turno. Não elegemos o prefeito, mas fizemos três vereadores. Agora em 2016, ajudamos a eleger o prefeito Firmino, mas não fizemos vereadores. Hoje, depois de ter passado a eleição, analisamos que o melhor caminho para o partido era ter tido candidato próprio em Teresina. Mas ficamos feliz por ter ajudado na eleição de Firmino”, afirmou.

Ele afirma que faltou ao partido avaliar um nome para concorrer na capital. “Juntando-se a isso, a coligação foi muito ruim. Fomos prejudicados. Mas agora é analisar o que ocorreu para buscar a melhor estratégia”, disse.

Ao ser questionado sobre o espaço da sigla na administração do tucano, Wilson demonstrou um certo desconforto ao falar do assunto, mas negou insatisfação. Segundo ele, o PSB nunca pleiteou cargos.

Hoje o partido comanda a Agência Reguladora de Serviços Públicos Municipais (Arsete), com o ex-vereador Edvaldo Marques, que não conseguiu se reeleger e é considerado um dos mais prejudicados com a coligação feita por Firmino. “Ninguém tinha projeto de exigir cargos. Mas ele tem atendido os companheiros de Teresina de uma forma aceitável. Não tem nenhuma crise com isso”, declarou.