JOÃO HENRIQUE VAI PERCORRER O PIAUÍ CONTRA ALIANÇA COM WELLINGTON

João Henrique Sousa critica aliança e diz que bases do partido não foram ouvidas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O vice-presidente do PMDB do Piauí e presidente do Conselho Nacional do Sesi, João Henrique Sousa, não pretende acompanhar calado a insistência dos deputados da legenda em fechar uma aliança com o governador Wellington Dias (PT). Criticando a postura dos parlamentares, que segundo ele, não ouviram as bases peemedebistas, João afirma que a partir de janeiro irá percorrer os municípios, com diretórios do PMDB, para defender candidatura própria em 2018.

Ele classificou como absurda e fora de nexo a aproximação que vem sendo comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Themístocles Filho (PMDB). João Henrique defende que o correto seria a direção da sigla convocar uma assembleia extraordinária para discutir o assunto.

João Henrique diz que vai percorrer o estado e defende a tese de candidatura própria em 2018 (Foto:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

VOZ ISOLADA

As declarações de João Henrique mostram um PMDB dividido. Ele tem sido voz isolada entre as lideranças da sigla com maior peso político para criticar ou defender a decisão. O presidente do PMDB no Piauí, deputado Marcelo Castro, que foi ministro de Dilma Rousseff e votou contra o impeachment, é favorável à aproximação.

“Isso é coisa dos deputados e não do PMDB. Não é o partido indo para o governo, mas apenas os deputados. O correto seria convocar uma assembleia extraordinária e ouvir os 480 delegados do partido. Se isso não foi feito, não é o PMDB que decidiu, mas os parlamentares. Não sei o que os deputados querem com uma aliança com o PT, se todo dia tem deputado petista falando mal do PMDB e do presidente Michel Temer. É fora de nexo e absurda essa ideia”, declarou.

Marcelo Castro foi contra o impeachment e defende união com Wellington (Foto:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

João Henrique afirma que os diretórios municipais são contra a aliança. “No período da eleição eu andei em todos os municípios com diretórios do PMDB. Em todos sentimos o desejo de ter candidatura própria em 2018. Quando defendia essa ideia eram aplausos que não acabavam mais. Agora os deputados querem ir contra isso. Respeito a decisão pessoal de cada um. Mas não é o que o PMDB deseja”, disse.

MICHEL TEMER

Sobre a reação do Planalto, João Henrique disse que vai esperar a aliança se concretizar para conversar com o presidente Michel Temer (PMDB). “Como ainda é apenas uma suposição, não tratei com o presidente. Não vou levar até ele algo que tem sido apenas especulação. Mas se isso se concretizar ele deve ficar surpreso como eu fiquei. Os deputados fazem um caminho inverso daquele feito no Brasil todo”, comentou.

Wellington Dias tem o apoio do presidente da Assembleia, deputado Themístocles Filho (Foto:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

THEMÍSTOCLES LIDERA

A aliança com o governador Wellington Dias pode ser finalizada até o feriado. O deputado Themístocles Filho irá se reunir com o governador nos próximos dias. Os deputados disputam a indicação de nomes para as secretarias de Saúde e  Desenvolvimento Rural. As duas pastas são hoje comandada por petistas.

João Henrique fala da rejeição do PT à aliança. “O deputado Assis Carvalho (PT) deu uma entrevista dizendo que o Michel Temer não chegaria ao final do mandato. Tive que responder dizendo que esse seria o sonho dourado dele e não a realidade. Todo hora um deputado do PT ofende o PMDB. Essa aliança é repudiada pelos petistas. É muito estranho”, afirmou. 

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