Enquanto a Operação Lava Jato promove uma série de denúncias e prisões, o deputado Heráclito Fortes (PSB) busca apoio para aprovação de proposta que muda as regras da chamada delação premiada. De acordo com a proposta do parlamentar do Piauí, quem fizer delação premiada não pode alterar ou acrescentar informações após o primeiro depoimento, sob  risco de perder os benefícios da colaboração.

A proposta é polêmica e tem a rejeição até mesmo de aliados de Heráclito, como o deputado federal Rodrigo Martins (PSB). O parlamentar afirma que se a matéria for apreciada pela Câmara Federal, irá votar contra.

“Não quero polemizar com o Heráclito, mas votarei contra. A lei da delação deve continuar como é porque ajuda a investigação da Polícia Federal a tomar rumos, que sem a delação, seria praticamente impossível. Perdi as contas de quantas operações já foram desmembradas da Lava Jato e as delações foram fundamentais para isso. É preciso moralizar a política e separar o joio do trigo”, declarou.

Sobre a denúncia contra Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014, durante a campanha presidencial, após a queda do avião em que viajava, Rodrigo afirma que o PSB deve colaborar com as investigações. “Queremos a verdade. Infelizmente o Eduardo não se encontra mais aqui para se defender, mas o partido deve contribuir e desejar a verdade”, declarou.