A manhã desta terça-feira (18) foi de muita discussão na Câmara de Vereadores de Teresina. O líder da oposição na Casa, vereador Dudu (PT), apresentou requerimento convidando o prefeito Firmino Filho (PSDB) a comparecer à Casa para prestar esclarecimentos. O petista queria que o tucano se explicasse sobre as denúncias de supostamente ter recebido propina da Odebrecht.

A proposta de Dudu contou apenas com os votos de Cida Santiago (PHS) e Deolindo Moura (PT). Os demais vereadores votaram contra. Na defesa de Firmino, o vereador R. Silva (PP) falou abertamente, durante a sessão, que a base foi orientada a votar contra. Ele pediu aos vereadores aliados do Palácio da Cidade que fossem contra o pedido de Dudu.

“A líder do prefeito, Graça Amorim (PMB), não se encontra e recebemos a orientação para que ficássemos atentos a todos os requerimentos. Foi pedido para que a base votasse contra. O papel de julgar se o prefeito Firmino Filho é ou não culpado cabe à Justiça. A Câmara não tem esse papel de julgar”, declarou.

O vereador Edson Melo (PSDB) disse achar estranho o interesse do vereador Dudu com a convocação. “Eu aprendi que na casa de enforcado não se fala em corda. Acho estranho esse interesse do vereador Dudu. Meu voto é contrário”, declarou.

Dudu acusou os vereadores de tentarem proteger o prefeito Firmino. “É um absurdo essa Casa tentar impedir a discussão. A base tenta defender o prefeito. Mas tenho um pedido de CPI para que a Câmara acompanhe a votação. Tenho três assinaturas até agora, mas faltam sete”, disse.

De acordo com informações da assessoria, o prefeito Firmino Filho (PSDB) encontra-se em Brasília desde o feriado da Semana Santa. Ele deve retornar à capital na quinta-feira (20). Até o momento, ele não falou com a imprensa sobre o assunto e a assessoria encaminhou apenas uma nota.

“A população de Teresina precisa de uma resposta. Por que esse silêncio do Firmino. Quem não deve não teme. Não queremos condená-lo, mas apenas uma explicação”, afirmou Dudu.