O deputado federal Assis Carvalho (PT) participou de audiência pública sobre a reforma política nesta segunda-feira (03), na Assembleia Legislativa do Estado. Na ocasião, ele defendeu a lista fechada e citou a eleição do deputado federal, Heráclito Fortes, para condenar o atual regime proporcional.

Segundo ele, Heráclito foi beneficiado por um modelo “obscuro” em que o candidato vota em um nome e elege outro. Assis afirma que Heráclito foi eleito com a ajuda dos votos que foram dados para Osmar Júnior (PCdoB).

“O Osmar foi bem votado, mas a vaga dele ficou com o Heráclito. É claro que uma pessoa que votou no Osmar não queria a eleição do Heráclito. Os dois são completamente diferentes. A ideologia de um é contrária a ideologia do outro. É um sistema obscuro que beneficia isso. Já a lista fechada traz a transparência porque você sabe em quem vota e quem será eleito com aquele voto”, declarou.

Sobre as críticas de que o sistema de lista fechado beneficiaria investigados da Lava Jato, Assis afirma que esse argumento seria falso. “É uma crítica maldosa. Se um partido coloca algum ficha suja em sua lista, o eleitor tem toda liberdade de dizer que não quer aquela lista devido aquela pessoa. Isso é claro. Você tem liberdade de fiscalizar, hoje ocorre o contrário. No sistema atual você pode não votar em uma pessoa que é ficha suja e acaba ajudando na eleição dela. Esse modelo vigente faculta isso, a lista fechada não”, comentou.

Assis Carvalho afirma que a lista fechada deve passar a valer realmente a partir de 2026. “O modelo que se desenha é para entrar em vigor em 2026 e ficar definitivo. Mas ele passa a ter uma transição em 2018, 2020, 2022 e 2024 porque tem as eleições nacionais e as municipais. Só depois disso ele se consolidaria”, afirmou.