Pelo fim do mimimi sobre a eleição do Conselho de Cultura

Algumas pessoas tem se ocupado de questionar o resultado e a forma como se deu a eleição dos representantes das ONGs para o Conselho Estadual de Cultura do Piauí. Tudo bem. Questionar é sempre legal. Ninguém é obrigado a aceitar tudo de bico calado. Ampliar o debate é muito interessante e sempre traz outros aspectos para somar ao contexto. 

Mas, tem algo que precisa ficar bem claro. Uma coisa é questionar, outra é ser leviano, fazendo ilações maliciosas e afirmando o que não sabe. Seja por ignorância, seja levado por outras pessoas que adoram ver o circo pegar fogo ou pela mais pura e simples maldade, daquelas patogênicas. Gente que sempre aposta no "quanto pior, melhor".

A eleição foi legal

Não há nada de errado com a eleição das ONGs para o CEC. Tudo transcorreu dentro da mais absoluta normalidade. O edital foi respeitado e cumprido à risca. Quem está nas redes sociais dizendo o que não sabe, talvez seja melhor se informar um pouco mais para evitar ser acusado de injúria, calúnia e/ou difamação. Falar pode e deve, porém, cuidado com as consequências.

Não há nenhum problema uma pessoa ter anuência sobre mais de uma ONG. Aliás, é só o que tem. Se tem é porque pode. E se pode, vá pesquisar o quanto isso dá trabalho, o quanto custa tempo, dedicação e muito suor. Não há nada de desonesto. É resultado de muitos anos de luta e preparo para ter o suporte necessário para realizar os bens culturais.

Outra coisa, se quiser questionar mesmo, tem uma forma mais eficiente. Procure os meios legais e fundamente suas alegações com provas. Quem sabe tenha mais êxito. Ficar no facebook destratando seja quem quer que seja e lançando o pomo da discórdia só deve ter um propósito: macular o processo, que foi totalmente limpo.

Sede do Conselho Estadual de Cultura do Piauí (reprodução/CEC-PI)

É muito mimimi de derrotado. E o pior, mais parece aquela dor de cotovelo de quem pouco ou nada faz para mudar as coisas. Lembrando muito mais aquele tipo de cachorro que ladra muito do lado de dentro do portão e depois que abre, fica abanando o rabinho, manso. Se quer mudar alguma coisa, seja mais prático. Estabeleça suas metas e vá em busca de realizá-las. Aposto que é mais honrado que ficar soltando veneno.

Fica o exemplo

Imagine o que é manter uma porção de ONGs funcionando. Com toda a documentação em dia. Com impostos e demais obrigações legais fielmente dentro do que diz a lei. Não deve ser tarefa nenhum pouco fácil. Tem que ter muita organização. Para quem milita dentro do setor cultural, sabe o quanto dá trabalho manter um grupo, manter uma obra artística, principalmente coletiva, em pé. Calcule uma ONG.

Se o César Crispim foi o fiel da balança nesta eleição do CEC, por parte das ONGs, o mérito é todo dele. Foi um trabalho de construção. São anos e anos malhando para realizar seu bens culturais. Quem é de dentro sabe o quanto ele é dedicado e trabalhador. Eu, que o conheço apenas de vista, acompanho com admiração os belos resultados que vem mostrando.

Não tenho procuração para defendê-lo. Nem ele precisa. Mas fica aqui o exemplo e o passo a passo para quem quiser disputar o CEC em um próximo pleito. Trabalhe. Construa seu grupo. Trabalhe. Mantenha-o sua equipe coesa, unida e produzindo sempre. Trabalhe. Organiza-se. Abra uma entidade. Trabalhe. Lute para manter sua ONG em ordem e em dia com seus deveres e obrigações legais. Trabalhe. Inscreva-se para eleição do CEC. Procure apoios e, quem sabe, eleja-se. Mas só na próxima. Porque essa já era. Fim de papo. 

Ah, a posse dos novos conselheiros está confirmada para o próximo dia 21, na Galeria de Artes Nonato Oliveira, no Club dos Diários. Todos estão convidados para a grande festa que acontece para celebrar a entrega das obras do complexo cultural. Evoé! 

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