WELLINGTON TEM FORÇA E NÃO SE DEVE NEGAR

Wellington Dias (PT), governador do Piauí (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

As eleições municipais de 2020 ainda nem aconteceram, mas o que vemos no Piauí é uma intensa antecipação do pleito eleitoral de 2022. Os protagonistas dessa antecipação, de ambos os lados, mas sobretudo os que estão fora do poder, não disfarçam que o foco está lá na frente.

Para o cenário de 2022 no Piauí, vemos emergir com ênfase a nova oposição agora liderada pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas) e pelo prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB). Do lado governista, a força do governador Wellington Dias (PT) e seus aliados.

Na “nova oposição”, que em boa parte era governo até ontem, não se esconde uma certa euforia com vistas à campanha de 2022. A derrocada do PT em nível nacional e o avanço do presidente Bolsonaro no Nordeste parecem animar cada vez mais os opositores petistas.

Além disso, o desgaste do ciclo de governo do PT no Piauí alimenta a esperança dos opositores de que em 2022 o candidato de Wellington não terá sucesso nas urnas. No entanto, assim como o processo eleitoral está antecipado, as precipitações também podem estar.

Ciro Nogueira passou a liderar oposição a Wellington (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A gestão do governador Wellington Dias não é boa [minha opinião]. O Piauí não conseguiu, ao longo de anos seguidos de governos petistas, os avanços na proporção esperada. Houve avanços e conquistas, sim, mas elas poderiam ter sido muito maiores. Muito mesmo.

Porém, uma coisa é qualidade de gestão, outra coisa é força eleitoral. Na política, esses dois fatores deveriam estar obrigatoriamente atrelados, mas a gente sabe que nem sempre estão. É nesse ponto que não se pode, jamais, duvidar do potencial político de Wellington.

O governador está no quarto mandato. Venceu quatro eleições no primeiro turno. É fato que em algumas delas ele não teve adversários de peso, mas até isso se deve a sua expertise política. Quem vence quatro eleições de governador jamais pode ser subestimado.

Em 2022, mesmo se Bolsonaro estiver voando alto no Nordeste, o grupo de Wellington no Piauí será forte. Com seu jeito manso, chamando até adversário pelo tradicional “e aí jovem”, o petista não vai dar vida fácil para quem quiser tomar o Karnak do seu grupo. 

Goste dele ou não, aprove seu governo ou não, é preciso reconhecer que Wellington, no tocante à política estadual no Piauí, é um animal político dos mais espertos. Daqui para 2022 ainda tem muito tempo e bastante coisa pode mudar. O que não muda é a certeza de que não é fácil competir com quem está no poder, ainda mais quando se trata de Wellington no Karnak.

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