W. DIAS EVITA FALAR SOBRE ESCÂNDALO COM A AEGEA

Dias disse que licitação do PI segue a lei (Foto: Gustavo Almeida/PoliticaDinamica.com)

O governador Wellington Dias (PT) foi questionado no domingo (5) ao chegar em sua festa de aniversário na Potycabana sobre a investigação do Ministério Público de São Paulo que apura escândalo de corrupção envolvendo a Aegea Saneamento. A empresa é a mesma que foi declarada pelo governo do Piauí como vencedora da licitação dos serviços de subconcessão da Agespisa. O certame, no entanto, aguarda decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Perguntado se a situação não lhe causa preocupação, o governador evitou falar do escândalo envolvendo a empresa e disse que todas os grupos que participaram da concorrência têm capacidade para oferecer os serviços em Teresina.

“Eu acho que qualquer pré-julgamento não é adequado. Existe um processo de licitação que tem regras baseadas na lei. Agora é aguardar a decisão [do TCE]. O que eu sei é que as empresas tem as condições técnicas e capital para executar aquilo que é o mais importante, que é água e esgoto na capital do Piauí”, falou o governador.

Governador comemorou aniversário com amigos (Foto: Gustavo Almeida/PoliticaDinamica)

O Ministério Público paulista aponta o caso que envolve a Aegea como o maior escândalo de corrupção da cidade de Ribeirão Preto, com fraudes em licitações e pagamento de propinas milionárias. A Justiça de São Paulo bloqueou R$ 18 milhões da empresa, que também é acusada de receber dinheiro por serviços não realizados.

A Aegea nega as irregularidades e pediu a suspensão do bloqueio. Chegou a tentar uma liminar na Justiça de São Paulo, mas não obteve sucesso. O grupo alega que todos os valores recebidos em Ribeirão Preto são legais e “correspondem a serviços efetivamente executados, com qualidade e dentro das especificações e prazos previstos”.

No Piauí, a polêmica licitação dos serviços de subconcessão da Agespisa será julgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na próxima quinta-feira (9). As empresas que perderam a concorrência alegam uma série de irregularidades no processo e contestam documentos apresentados pela Aegea. Se o resultado for confirmado, o grupo vai explorar os serviços públicos de abastecimento de água e saneamento em Teresina por 31 anos.

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