TRÊS PREFEITOS EM BUSCA DO HEXA

Na ordem: Dó Bacelar, Jailson Pio e Luiz Menezes (Fotos:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A perpetuação de caciques políticos no poder é realidade comum nas pequenas cidades do interior. No Piauí, três prefeitos podem conquistar o sexto mandato nas eleições de 2020. Os três são filiados ao Progressistas, partido com maior quantidade de prefeitos no Estado. São eles: Luiz Menezes, de Piripiri; Jailson Pio, de São Félix do Piauí e Dó Bacelar, de Porto.

Eleitos em 2016 para o quinto mandato de prefeito em suas cidades, eles têm direito à reeleição este ano e podem conquistar o hexacampeonato político em seus municípios. Atualmente, essa marca pertence apenas a Quirino Avelino (PTB), prefeito de Itaueira, recordista de mandatos no Piauí. No entanto, Quirino não pode mais disputar a reeleição este ano.

A marca de seis mandatos também pode ser alcançada por alguns poucos ex-gestores que podem pleitear a eleição municipal deste ano, mas quase todos estes já estão fora das disputas políticas nos municípios que governaram por cinco vezes. Assim, apenas Luiz Menezes, Jailson Pio e Dó Bacelar devem buscar o sexto mandato no pleito de outubro.

DÉCADAS NO PODER

Luiz Menezes e Jailson Pio se elegeram prefeito de suas cidades pela primeira vez há quase 40 anos. Eles venceram as eleições de 1982 em seus municípios. Na época, o Brasil ainda vivia os anos da Ditadura Militar. Hoje, Jailson Pio tem 62 anos e Menezes tem 71.

Já Dó Bacelar conquistou pela primeira vez a prefeitura de Porto, no Norte do Piauí, em 1988, mais de três décadas atrás. Tem 61 anos de idade. Em 2011, chegou a ser preso pela Polícia Federal na Operação Geleira, que apurou corrupção com notas fiscais frias em prefeituras.

Ao longo desse tempo, os três sempre foram protagonistas da cena política em suas cidades e assim continuam até hoje. Em algumas eleições que não disputaram eles elegeram sucessores.

SEIS PENTA PREFEITOS

Atualmente, são seis prefeitos exercendo o quinto mandato no Piauí, mas metade deles não pode se reeleger em 2020, caso dos prefeitos Heli Moura Fé, de Simplício Mendes, Lincoln Matos, de São Miguel do Tapuio, e José Santos Rego, de Ipiranga do Piauí.

Se a renovação ainda é realidade distante em muitos dos grandes centros urbanos do país, no interior do Nordeste ela parece ainda mais difícil. Famílias dominam algumas cidades como se fossem fazendas e relutam em deixar o poder mesmo após décadas de hegemonia.

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