O Progressistas do senador Ciro Nogueira lutou o quanto pôde pela permanência da vice-governadora Margarete Coelho na chapa majoritária de Wellington Dias (PT), mas desistiu quando ele comunicou a Ciro que cada partido só teria direito a uma vaga na composição. Esse era o critério! Mas, quatro dias após Margarete sair [forçada] do páreo, Wellington relativizou e admitiu que o critério não obrigatoriamente será adotado na escolha dos nomes.
Nesta sexta-feira (29), após reunião com toda a base aliada no escritório da residência oficial, cujo tema principal, segundo eles, não foi a formação da chapa, Wellington explicou que, na verdade, o que importa mesmo é a qualidade da composição majoritária e o quanto os nomes escolhidos podem agregar para garantir condições necessárias à vitória nas eleições. Com isso, jogou fora o argumento de cada partido só poder indicar um nome. Ele explicou.
"O que vamos definir é assim: por um entendimento, garantir aquilo que os partidos entenderem que dá satisfação para os pleiteantes e, do outro lado, que possa permitir também ter uma boa chapa. Não se trata de uma regra rígida, fechada, é esse ou é aquele. Na verdade se trata do conjunto de líderes com os quais estou conversando entender quais são as razões. Por que que vai ser o nome do Wellington para governador? Tem que ter uma lógica. Do outro lado, por que esse partido e não aquele? Tudo isso nós estamos debatendo nesse processo. O que eu posso afirmar é que o objetivo mesmo é encontrar a melhor chapa para unir o time e para a gente viabilizar as condições de um bom resultado", disse.
Quando ele diz que não existe regra rígida ou fechada, ele deixa bem clara a situação. O que o petista falou é justamente o que Margarete Coelho defendia, ou seja, que o critério levasse em conta outros fatores, como o capital político, os apoios e poder de agregar o grupo. Ao sair da mesma reunião, Margarete comentou que não concorda com o tal critério de cada partido indicar apenas um nome, já que trata-se de um regra "objetiva demais" e a política não é objetiva. No entanto, ela disse que respeita.
"O que o governador nos comunicou foi exatamente isso: que o critério seria de um candidato de cada partido, embora eu diga sempre que não concordo com esse critério porque ele é objetivo demais e a política não é objetiva. Nós temos uma política muito centrada nos nomes, muito mais do que em partidos. Mas esse critério é um critério claro e foi esse o critério que foi comunicado ao Progressistas", falou Margarete.
Pelo andar da carruagem, o critério só valeu para o Progressistas. Pode até ser que, ao final das articulações, cada partido só indique mesmo um nome na chapa majoritária, mas que Wellington Dias "passou a perna" nas intenções do Progressistas usando como argumento a existência de um critério que até agora não está definido, ele passou.
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