CASTRO EM NOVA ROTA DE COLISÃO COM O PLANALTO

Marcelo articula ida do PMDB para o governo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado federal Marcelo Castro desagradou a cúpula nacional do PMDB ao votar contra o impeachment da presidente Dilma e ainda por cima permanecer no Ministério da Saúde até o fim do mandato da petista, desobedecendo a orientação do partido. Passada toda a turbulência do processo, o clima ficou mais calmo entre o parlamentar e a sigla. No entanto, mais uma vez o deputado volta a “causar clima” e ficar em rota de colisão com o Planalto.

O motivo é a articulação de Castro para que o PMDB faça parte do governo de Wellington Dias (PT) no Piauí. O parlamentar defende a aliança e já enxerga um possível 2018 ao lado dos petistas no estado. O problema é que o ex-ministro João Henrique Sousa, bastante próximo a Temer, não quer nem saber de acordo com o PT, justamente alegando que o partido de Wellington é contra Temer e que parte dos seus membros ataca o governo federal.

Ex-ministro não concorda com aliança (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Para o ex-ministro, não é sensato se coligar com um partido onde os políticos chamam o governo do PMDB de golpista e permanecem o tempo todo na ofensiva contra Michel Temer. A articulação encabeçada por Castro no Piauí não é digerida por João Henrique, cujo sentimento reflete com bastante nitidez a opinião de Temer.

De fato, a aliança é controversa. Em entrevistas e até na tribuna do Senado, Regina Sousa (PT) não dá tréguas ao governo do PMDB. Na Câmara de Teresina, o vereador Dudu classifica Temer como golpista e Assis Carvalho é impiedoso ao apontar sua artilharia contra o governo federal. A verdade é que Marcelo quer aliança com ferrenhos adversários de Temer no Piauí e isso é visto com uma afronta pelos peemedebistas do Planalto.

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