“REMOTÍSSIMA”

Castro avalia que PEC não passa no Congresso (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O senador Marcelo Castro (MDB) classificou como "remotíssima" a possibilidade dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores serem prorrogados por dois anos para que haja a coincidência de eleições em 2022. Após participar de evento onde o tema foi discutido, nesta segunda-feira (27) na APPM, o emedebista avaliou que a proposta não vai adiante.

"Remotíssima. A eleição numa democracia pressupõe o cumprimento de regras. Os prefeitos, deputados e senadores têm mandatos [ênfase na palavra]. Então o povo faz uma delegação: 'eu elejo o senador Marcelo Castro para começar o mandato no dia tal e terminar no dia tal'. O povo é quem tem o poder e deu esse poder aos eleitos. Aí os parlamentares têm poder para mudar essa vontade de povo? Eu acredito que não", falou o senador.

Marcelo disse que essa é uma questão que o Supremo Tribunal Federal (STF) não aceita. Para ele, só haveria alguma chance da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ir adiante se acontecesse um entendimento geral entre Congresso e Supremo, o que na visão dele não está existindo. "Se houver um entendimento geral que deve prorrogar, aí paciência", falou.

PRIMEIRO OS NOSSOS
Em tom bem humorado, Marcelo disse que se deputados federais e senadores tivessem o poder de desrespeitar a vontade do povo e prorrogar os mandatos dos políticos, primeiro fariam isso com os seus próprios mandatos e não com cargos de prefeito e vereador.

"Um colega meu do Ceará diz em brincadeira: ‘Ora, se nós pudéssemos aumentar o mandato nós íamos aumentar logo era o nosso. Então se não estamos aumentando nem os nossos é porque nem temos poder nem para os nossos e nem para os dos outros", finalizou.

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