“PARA OS GRANDES AS FACILIDADES, PARA OS PEQUENOS AS DIFICULDADES"

Flávio quer ajuda para os pequenos negócios (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado federal Flávio Nogueira (PDT) chamou atenção nesta terça-feira (26) em sessão remota da Câmara para a forma como o Governo Federal pretende ajudar empresas nesse momento de crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Ele citou três setores econômicos para explicar a diferença no tratamento dado pelo governo: as empresas aéreas, as empresas do setor elétrico e as pequenas e médias empresas.

Para o setor aéreo, o Governo Federal passará a ser sócio das empresas, comprando ações. Nesse formato, bancos privados e o BNDES serão partícipes nas transações. No setor elétrico, que também reclama de prejuízos por conta da pandemia, o Governo vai ajudar com a facilitação de empréstimos, mas também colocará a conta para o contribuinte. Durante cinco anos, haverá aumento de taxas de energia elétrica nos domicílios.

Diferente disso, a gestão federal ainda não sabe como ajudar as pequenas e médias empresas. Flávio Nogueira citou que uma lei aprovada no Congresso Nacional voltada para ajudar o setor demorou mais de 20 dias para ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e ainda assim foi sancionada com vetos na parte em que dava carência de oito meses para o mercado de prestação de serviços, que é o que mais gera empregos no país.

“Para os grandes as facilidades, para os pequenos as dificuldades. E além do mais, aquela teoria doutrinária do Estado mínimo nos parece que não existe mais. É a presença forte do Estado na economia, é a presença forte do Estado para solucionar os problemas das grandes empresas e enquanto isso nós não vamos encontrar dinheiro disponível para saúde, educação e segurança pública”, alertou o parlamentar.

Flávio Nogueira defende que as atenções do Governo Federal se voltem principalmente para os pequenos e médios negócios, que também são duramente afetados pela crise e certamente terão mais dificuldades de para se reerguer, diferente das grandes empresas. “Esse setor de prestação de serviços é o que mais dá emprego e que, de fato, é o que está sustentando a economia brasileira”, argumentou.

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