“NÃO ME ASSOCIO A QUADRILHAS”

Kleber Montezuma durante audiência na CMT (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por que a Operação Topique, da Polícia Federal, bateu as portas e revirou papeis na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e não fez o mesma coisa na Secretaria Municipal de Educação em Teresina (Semec)? A explicação do secretário municipal de educação Kleber Montezuma é bastante direta: "Porque eu não me associo a quadrilhas".

Durante audiência pública nesta quarta-feira (19) na Câmara Municipal de Teresina, o gestor da educação na capital fez um desabafo e disse que muita gente questionou porque a PF não foi atrás dele ou de pessoas que trabalham Semec, já que até algumas empresas do transporte escolar são as mesmas. Para Kleber, não existe ladrões e corruptos em todo lugar.

"No bojo das informações que saíam nos noticiários, muita gente ficava estupefata porque a Polícia Federal não tinha ido lá dentro da Semec, porque a PF não tinha ido atrás do secretário ou de nenhum assessor que trabalha na Secretaria Municipal de Educação. Ficava uma torcida para que a polícia fosse para dentro da Prefeitura, pois se lá [no Estado] tem, na prefeitura também tem, como se em todo lugar fosse obrigado a ter ladrão, bandido, corrupto, safado. São pessoas que medem os outros pela própria régua", falou.

Secretário subiu o tom na Câmara Municipal (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Montezuma prosseguiu na explanação e disse que na Prefeitura de Teresina só é pago o que verdadeiramente é executado e que ele não rouba e nem deixa roubar. "É por essa razão que Polícia Federal não foi na Secretaria Municipal de Educação, é por essa razão que a Polícia Federal não foi importunar nenhum dos assessores que trabalham comigo e é por essa razão aqui que o secretário de educação do município de Teresina não tem medo e não se apavora de fazer um debate com quem quer que seja e onde seja", afirmou.

A fala de Kleber Montezuma foi ouvida pelos vereadores petistas Dudu e Deolindo Moura, aliados do Governo do Estado e ligados à primeira-dama Rejane Dias (PT). Ela assumiu a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) no começo de 2015 a deixou o comando da pasta em abril de 2018, meses antes da Operação Topique ser deflagrada pela Polícia Federal. 

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