O deputado estadual Mauro Tapety (PMDB) reagiu nesta quinta-feira (5) às críticas do deputado Robert Rios (PDT) sobre o grande número de suplentes na Assembleia Legislativa do Piauí. Exercendo o mandato nesta condição, ele disse que não tem nenhum constrangimento por ser suplente e criticou os que vivem condenando a convocação de quem não conseguiu se eleger. Para ele, 11 suplentes é normal nas casas legislativas do país.

“Não é novidade para ninguém que sempre existiram suplentes na Assembleia Legislativa. Tive o cuidado de verificar nas três últimas legislaturas e vi que no segundo governo de Wellington Dias tinha nove suplentes e ninguém disse nada. No governo de Wilson Martins tinha nove suplentes e mais uma vez ninguém disse nada. Agora são 11, mas isso é normal em todas as casas legislativas pelo Brasil afora”, afirmou o parlamentar.

Em seu desabafo, Mauro Tapety se dirigiu também aos colegas suplentes e disse para nenhum deles ter vergonha por não serem titulares dos mandatos que exercem. “Não tenho vergonha de estar aqui na qualidade de suplente e nenhum dos senhores que também estão aqui nessa qualidade devem ter vergonha", falou o peemedebista.

Apesar de Mauro Tapety ter citado 11, são apenas 10 suplentes que atualmente exercem os mandatos. Desde o início da legislatura, as manobras políticas do governador Wellington Dias (PT), somadas às mudanças provocadas pelas eleições municipais de 2016, já resultaram na passagem de 15 suplentes pelo parlamento estadual, mas atualmente 10 continuam no exercício do mandato "batendo ponto", de fato, no plenário.

Os suplentes no exercício dos mandatos são: Mauro Tapety (PMDB), João de Deus (PT), Francis Lopes (PRP), Magalhães (PT), Aluísio Martins (PT), José Hamilton (PTB), Bessah Araújo (PP), Belê Medeiros (PP), Henrique Rebêlo (PT) e Ismar Marques (PSB). 

Outros suplentes que haviam assumido já deixaram o cargo, como é o caso de Joel Rodrigues (PTB), que se elegeu prefeito de Floriano; Antônio Félix (PSD), que assumiu a presidência da Fundalegis; Ziza Carvalho (PDT) que foi para a Secretaria do Meio Ambiente; e Antônio Uchôa (PRTB), que não ficou sequer um mês no mandato.