Após serem convocados para prestar esclarecimentos sobre o projeto de lei enviado pela Prefeitura de Teresina, os secretários municipais de Finanças, Jalisson Hidd, e de Planejamento, Washington Bonfim, não compareceram à Câmara Municipal para apresentar as explicações novamente. O vereador Dudu (PT), propositor do requerimento, afirmou que o último prazo dentro do regimento da casa é dia 17 de março.

Nesta terça-feira (14), os secretários haviam firmado o compromisso de participar da reunião, mas durante a sessão, o parlamentar foi informado sobre o não comparecimento. “Nós foi repassado que os secretários não puderam comparecer à reunião marcada por motivos de internação de familiares, mas nós vamos continuar exigindo explicações da prefeitura. O prazo regimental está correndo e nós estamos atentos para acionar a procuradoria da Câmara para agir judicialmente, conforme diz nosso regimento”, explicou Dudu.

Hoje foram enviados técnicos das secretarias para conversar com os representantes do Legislativo, mas o vereador afirmou que a prestação de contas é com os secretários que comandam as pastas. “Tanto o secretário de finanças como de planejamento são os responsáveis diretos e respondem em todas as instâncias pelas decisões das secretarias. Marcaremos para depois a reunião, mas não trataremos com técnicos”, enfatizou Dudu.

O requerimento foi apresentado e aprovado ainda no mês de fevereiro, mas até o momento a Câmara não recebeu os esclarecimentos solicitados ao Executivo. “Não é admissível termos um remanejamento de R$ 26 milhões e a população ficar sem explicação. Esse recurso que era destinado as áreas de mobilidade urbana serão transferidos para o crédito especial, aí você começa a ver obras paralisadas, a cidade toda engessada. Além disso você pode ver nos documentos que houve um incremento na receita de 2016 de 21% em relação ao ano de 2015”, disse o vereador petista.

Dudu afirma ainda que esses 21% acrescidos ao orçamento municipal não foram destinados às obras de infraestrutura da capital, um valor estimado em mais de R$ 500 milhões. “É perceptível que existe irregularidades nessas informações e na forma como esse orçamento é distribuído e apresentado. Já recebi vários empreiteiros e terceirizados que estão sem receber salários e outros que foram demitidos a pedido da PMT. Isso é absurdo e incoerente com o orçamento”, esclareceu o parlamentar.

FONTE: ASCOM