Ultrapassando a LRF

por Francicleiton Cardoso e Viviane Menegazzo

O Governo do Estado não tem problemas para admitir que a situação financeira do Piauí não é umas das melhores do Brasil. Afinal de contas, os dados falam mais que todos os discursos sobre o problema que o Estado enfrenta com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Só no primeiro quadrimestre do ano, foram investidos 61,8% do valor empenhado em gastos com pessoal. O limite prudencial da LRF é de 46% e o limite máximo é de 49%.

Pagamento de Vencimentos e Vantagens Fixas representam a maior parcela dessa porcentagem: 33,7%. O percentual é seguido pelas Aposentadorias e Reformas, que já representam nestes quatro primeiros meses, 12,98% do valor empenhado para esse fim.

Mesmo com os valores altos, a análise dos últimos quatros meses do governo anterior mostra que os gastos já diminuíram muito. Juntos, setembro, outubro e novembro de 2014, juntos, custaram ao governo R$ 1.675.035.038,03 em valor pago. Nos primeiros quatro meses de 2015, esse valor diminuiu para R$ 717.612.047,98. Apesar disso, o Governo se encontra ultrapassando a meta fiscal e promete aumentar as despesas já que hoje está em negociação de aumento com várias categorias.  

Para o secretário de Administração, Franzé Silva, é preciso fazer com que o Estado não retroceda. “A situação de hoje é a mesma situação de dezembro do ano passado. Não há muita diferença. Depois da saída do Cauc, nós já conseguimos algumas coisas também”, coloca.

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