SOBRE PASSAGEM DE ÔNIBUS, DEOLINDO DIZ QUE “NÃO PODEMOS ACHAR QUE NUNCA VAI TER AUMENTO”

Vereador é contra aumento, mas nas atuais circunstâncias (Foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O aumento da passagem do transporte público municipal foi decretado ontem (4) pelo prefeito Firmino filho (PSDB) após aprovação da planilha de custos para o ano de 2017, enviada pelo Conselho Municipal de Trânsito.

No meio político existem aqueles que apoiam a decisão e outros que discordam. Este é o caso do vereador Deolindo Moura (PT), que “não vê com bons olhos” o aumento. No entanto, o parlamentar apoia o congelamento da passagem estudantil; “foi prudente”, disse ele.

Deolindo não recebeu convites para participar de manifestações contra o aumento (Foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

Deolindo tem um histórico dentro do movimento estudantil e, especialmente em 2012, foi bastante ativo na luta contra o aumento da passagem, na administração do então prefeito Elmano Férrer (PTB). Membro da Legião das Vanguardas de Juventude à época, Deolindo era contrário ao aumento. Em entrevista ao Política Dinâmica, ele reafirmou o posicionamento.

Para ele, “não podemos achar que nunca vai ter aumento de passagem”, mas que o aumento deveria ocorrer quando melhorias fossem implantadas. "Eu acho que seria mais prudente que esse aumento viesse quando tivesse um ganho real [para o sistema de transporte]”, afirmou. 

Em vídeo de 2012, Deolindo falava sobre o aumento da passagem para R$ 2,10:

A reportagem também relembra que o vereador convidou, em entrevista à imprensa, os vereadores para interagir com o movimento e dialogar com os manifestantes. Questionado se a postura permanece a mesma agora que ele é vereador, Deolindo explicou que não foi convidado a participar. “Não recebi nenhum convite, não estou mais no movimento, o que pode ser visto por parte da população como hipocrisia”.

O vereador disse que está à disposição para intermediar a situação, caso haja algum tipo de conflito, e que vai contribuir “naquilo que for convocado”. Afirmou ainda que “o movimento não pode ficar refém de quem já foi parte”, que é preciso se mobilizar de forma independente e que o respeito e diálogo nas discussões deve ser priorizado.

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