SÍLVIO MENDES ENFRENTA GREVE E SE DIZ SURPRESO

Fundação de Saúde afirma que as condições já haviam sido negociadas com os servidores (Foto:JailsonSoares/PoliticaDianamica.com)

por Lídia Brito

Após a Prefeitura de Teresina descontar dos trabalhadores da saúde municipal o adicional de insalubridade, eles realizaram assembleia da categoria na manhã desta sexta-feira (10) e deflagraram greve geral do setor por tempo indeterminado. A categoria exige a devolução dos descontos retirados.

Segundo a categoria, os laudos apresentados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), como justificativa para a retirada, foram fornecidos após ocupação da sede do órgão na última terça-feira (07). Os documentos foram analisados pela assessoria jurídica do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (SINDSERM) que afirmou não ter encontrado conformidade legal que justificasse a retirada do adicional.

A greve que inicia já na tarde dessa sexta-feira, abrange servidores das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), atendimentos de consultórios de rua, o Núcleo de Apoio ao Programa de Saúde da Família, Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Servidores da Saúde resolveram cruzar os braços (Foto:Ascom)

“A greve geral inclui os servidores representados pelo Sindserm. Os servidores da enfermagem estão em estado de greve e podem confirmar o movimento após reunião com o Sindicato que os representam”, explicou Paloma Vasconcelos, vice-presidente do SINDSERM.

Em nota, a Fundação de Saúde, que tem como presidente o ex-prefeito Sílvio Mendes (PP), afirmou que a greve foi uma surpresa. Segundo a nota, os laudos garantem que a insalubridade será paga a quem de fato tiver direito ao município. Os cortes fazem parte da política de redução de gastos. O prefeito Firmino Filho (PSDB) alega problemas financeiros causados pela crise.

VEJA A NOTA:

O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Silvio Mendes, afirma que respeita o direito dos trabalhadores e, por este motivo, recebeu extra agenda, na segunda-feira (6), os representantes das categorias da área da saúde e do Sindserm para discutir sobre a questão da insalubridade.

A FMS, no entanto, for surpreendida com a indicativo de greve por tempo indeterminado convocada hoje pelo do Sindserm. Todas as reivindicações do sindicado foram atendidas durante o encontro na FMS,afirma Silvio Mendes. Os laudos de avaliação sobre a insalubridade foram entregues às categorias para análise e disponibilizado no site da Fundação (www.fms.teresina.pi.gov.br/documentos) de acordo com a reivindicação dos profissionais.O acordo fechado entre a presidência da FMS,Sindeserm e categorias foi de que após análise dos laudos quem tiver direito legal a insalubridade será pago em folha suplementar.

Participaram da reunião e fecharam acordo com a FMS os representantes das seguintes categorias:Samuel Rego,pelos Médicos; Joniane Moura,psicólogos; Auriane Coutinho,fisioterapeutas; Wendel Marques,enfermerios,técnicos e auxiliares de enfermagem;José Neto Gonçalves,educadores físicos. Ancelmo Pinheiro e o advogado do Sindserm,Cayro Bulamarqui,fecharam acordo pelo sindicato.

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