por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Nem os servidores filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligados historicamente ao PT, ficaram do lado do governador Wellington Dias (PT) no projeto em tramitação na Assembleia Legislativa (Alepi) que cria a Fundação de Previdência no Piauí. Hoje (05), em frente à Alepi, sindicalizados de várias categorias reivindicavam que o projeto fosse mais discutido entre os servidores.

“O governo encaminha um projeto que envolve o direito de todos os trabalhadores, sem discutir com os trabalhadores. Além disso, não tem definição de conselho, não prevê corpo técnico. Além disso, esses imóveis vão para a fundação, e é o fundo que vai bancar a manutenção desses imóveis”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Penitenciários do Piauí, Constantino Júnior.

Além disso, os servidores denunciam em suas faltas a falta de diálogo do secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva. “Não é a vontade do Franzé que tem que prevalecer. Ele é difícil de se negociar. Ele não recebe o sindicato e se retira quando é pressionado, mas ele tem a obrigação de sentar e debater sobre os problemas das categorias”, continuou Constantino.

O líder do Governo na Alepi, deputado João de Deus (PT), defende que a discussão ainda está acontecendo com os servidores e que espera resultados de uma reunião acontecida ontem (04) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), para incluir as alterações propostas pelos servidores.

“Foram feitas sugestões no TCE e precisamos primeiro saber os entendimentos de lá, para continuarmos a discussão aqui. Além disso, o governador já tem atendido alguns pontos. Vamos, a partir disso, marcar o momento de sentar com os servidores. E a matéria só será votada depois desses entendimentos”, garante o deputado.

REUNIÃO NO TCE

Representantes das entidades e conselheiros do TCE-PI apresentaram ontem (04) propostas de ajuste e adequação ao Projeto de Lei, para que ele seja aperfeiçoado. A conselheira Lílian Martins, da Comissão de RPPS do TCE-PI, disse que o relatório da audiência será encaminhado ao Poder Executivo e à Assembleia Legislativa, para as providências devidas. O conselheiro Olavo Rebelo disse que a audiência demonstra a confiança que as entidades sindicais e órgãos do Governo depositam no TCE-PI como órgão mediador das demandas sociais e do Estado.