SENADORA REGINA SOUSA APELA A ELMANO E CIRO POR VOTOS CONTRÁRIOS AO IMPEDIMENTO DE DILMA

Senadora criticou o que ela chamou de G8, grupo que estaria ligado a um possível plano de afastar a presidenta Dilma Rousseff (PT). (Foto: Senado Federal)

por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

A senadora Regina Sousa foi a primeira dos três senadores piauienses a se manifestar sobre o seu voto no Plenário do Senado Federal, onde acontece hoje (11) a votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). O senador Ciro Nogueira (PP) será o 66º a se manifestar nesta noite. Elmano Férrer, senador pelo PTB, não se inscreveu para falar sobre seu voto.

Na sua fala a senadora apelou aos demais parlamentares piauienses da casa. Apelando para o lado emocional, a petista falou de sua relação como ex-professora de Ciro Nogueira e disparou para o parlamentar: “Ciro, não sei se está aqui, meu ex-aluno, a quem eu já dei muitas notas dez, merecidas– era um excelente aluno – eu quero te dar outra nota dez Ciro, por favor, vote com a gente".

A senadora ainda se manifestou ao senador Elmano Férrer, para o qual relembrou a partilha de confiança entre os dois nas campanhas de 2014 no governo do Estado. Tratando do assunto que tem sido tabu nos últimos dias, a senadora disparou a Elmano: “caminheiro de muitas caminhadas, eu quero continuar caminheira com o senhor, Dr. Elmano, por muito tempo ainda, espero o seu voto com a gente”, aludindo que o senador votará contra o impeachment.

Na sua fala Regina fez duras críticas ao processo de impeachment e tentou argumentar com fatos contrários o possível governo Temer e denunciar aqueles que formavam o que ela chamou de “QG da conspiração”, no qual, segundo ela, operava o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). Na sua tese sobre o momento atual, a senadora avalia que o evento que acontece é simples: “Já estava escrito que a Casa Grande, por descuido, deixou que os escravos chegassem na sala, mas iam devolvê-los para a senzala”.

Regina não pareceu sem esperanças no discurso, mas afirmou que: "Sabemos que nosso voto não será necessário diante do bloco aparentemente hegemônico"; completando que todo o processo tem acontecido por meio de um esquema. "A conspiração começou em abril de 2015, quando o PSDB encomendou parecer à professora da USP e advogada Janaina Paschoal", diz a senadora Regina Sousa (PT-PI). Segundo ela, o vice-presidente Michel Temer contribuiu com o grupo chamado de G8”, afirmou.

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