Senador Ciro Nogueira contesta depoimento de Paulo Roberto Costa

Por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, rebateu na manhã de hoje (08) as acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que colocam o parlamentar no meio do escândalo de corrupção da empresa. Durante o seu depoimento na CPI, realizada pela Câmara Federal para investigar o escândalo, o diretor chegou a afirmar por duas vezes que o senador piauiense está envolvido no esquema.

Citado em delação premiada, Ciro nogueira nega participação e afirma que é inocente (Foto: Marcos Melo / Política Dinâmica)

Questionado pelo Política Dinâmica, Ciro ressaltou que é preciso que as investigações sejam feitas para que só então sejam tomadas as providências. Para o senador, apenas o depoimentos não basta, é preciso que sejam apresentadas provas solidas do envolvimento e participação de cada um dos citados por Paulo Roberto Costa. Além disso, Ciro minimizou a força da fala do delator, ao afirmar que ele “não era o Papa Francisco”.

“Quem estava falando ali não era o Papa Francisco, era um bandido. Um réu confesso. Nós temos que esperar que as pessoas sejam punidas exemplarmente. Temos que dar exemplo a população. Ela está vigilante. Vamos esperar as provas. O procurador geral tem toda a confiança da população. O Supremo também está trabalhando bem e esperamos que os verdadeiros culpados sejam punidos”, colocou o senador.

O parlamentar comentou ainda que não se atormenta sobre a ideia de falar sobre o assunto e garante que não pode deixar de ser transparente. “Nem um homem público pode estar isento ou não querer falar qualquer coisa sobre a sua imagem. Eu tenho que ser o mais transparente possível. Acho que temos que passar a limpo uma história triste da política brasileira. De uma empresa nacional como é a Petrobras”, concluiu.


Depoimento

De acordo com Paulo Roberto, a atuação de “maus políticos”, a formação de cartel das empresas e a deficiência dos projetos de engenharia da Petrobras, que admitiam seguidos aditamentos e aumento de custos, foram alguns dos fatores permitiram que o esquema existisse. 

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