por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

O Ministro da Providência Social, Carlos Eduardo Gabas, presente no Encontro de Governadores do Nordeste que acontece hoje (17) em Teresina, afirmou que é preciso uma reforma que atualize regras antigas da Previdência no Brasil, para que problemas sejam minimizados. A pauta do problema com o setor previdenciário tem sido forte no encontro.

Para Gabas, o crescimento da expectativa de vida, ao passo que é uma informação positiva, traz problemas para o previdenciário brasileiro. “As pessoas estão vivendo mais e a sobrevida tem aumentado e isso traz um desafio para a previdência. Além disso temos regras antigas que têm que acompanhar a sociedade. É um debate que não pode ter conceitos fechados ou ideologia e que precisa ser discutido para alcançar possíveis soluções”, garante o Carlos Eduardo.

Sobre as possíveis soluções para o problema, o ministro aponta que é preciso trabalhar dentro do sistema que já existe garantindo melhorias, sem tentar dar ênfase a exemplos do exterior. “A solução pronta não existe, nem queremos importar nada de outros países. O sistema previdenciário do Brasil foi estruturado aqui e nós temos que melhorar isso”, completa.

Outro problema que Gabas destacou foi dissonância que existe entre o número de contribuintes da previdência e o número de aposentados e pensionistas. Para Carlos, é preciso fazer com que esse cálculo se torne balanceado.

“Incluímos mais de 30 milhões de novos servidores na proteção previdenciária. A medida que nós incluímos pessoas na segurança previdenciária, aumentamos o problema para o futuro. Em 2050, nós teremos, se continuar assim, duas pessoas financiando uma na previdência e isso é impossível. Por isso temos que fazer políticas que possam garantir mais segurança no futuro”, finaliza.

Para o deputado estadual Marcelo Castro, a solução seria garantir aposentadorias em idades mais avançadas, possibilitando que o Brasil lucre também com mais pessoas ativas no mercado de trabalho.

“Quem tem que manter a previdência são os beneficiários da previdência. O sistema tem que garantir que todos contribuam e que seja autossustentável. Considero que é preciso rever a idade de aposentadoria mais ainda”, destaca o deputado.