Por Ananda Oliveira e Marcos Melo
A lista fechada, assunto que está na ordem do dia das discussões do meio político, tem no PT um de seus grandes defensores. À revelia das acusações de que o modelo protege políticos com culpa no cartório, por assim dizer, a senadora Regina Sousa afirma que é a favor e que não vai negar a posição do seu partido.
“Ah, por que [dizem que] tem oportunismo, tem gente querendo se esconder na lista. Primeiro, ninguém se esconde, por que a lista é pública, não tem lista secreta. Todo partido vai ter que botar sua listinha lá pra todo mundo ver. Se o eleitor achar que não vota na lista por que tem uma pessoa que ele não gosta, ele não vota”, falou ao Política Dinâmica.
A FORÇA DEVE SER DO PARTIDO
A senadora defende a necessidade de fortalecer o partido, em detrimento dos nomes colocados nas candidaturas. Para ela, esse é um dos ganhos da lista fechada.
“Quem precisa ser forte é o partido. Não tem sentido um partido ter 30 candidatos, cada candidato defender uma proposta. Isso é um absurdo! [Ideias que são] Às vezes, até antagônicas. As propostas são partidárias. Todo mundo tem que defender a mesma ideia. No PT não vamos ter problema porque está aqui está a prova, democracia interna [fala das eleições], não tem essa história de que os caciques é que vão ganhar”, declarou.
NOVOS NOMES
Para Regina, o direito de novas lideranças e minorias está assegurado pelo estatuto do PT, o que pode não acontecer em outras legendas.
“O PT não tem lista sem juventude, não tem lista sem mulher. A vez de aumentar a participação da mulher é se o voto for em lista [por causa da proporção 2 para 1]. O estatuto do PT já diz como vai ser a lista, agora os outros partidos precisam democratizar seus estatutos”, pontuou.
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