REGINA NA MIRA: EXECUTIVA DO PT VAI DISCUTIR REPRESENTAÇÃO CONTRA A SENADORA

No Senado, Regina e Ciro tem posicionamentos muito diferentes. Maior exemplo é a votação do impeachment, que o PT não perdoa (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A senadora Regina Sousa (PT) está na mira do Conselho de Ética do Senado e pode perder o mandato, caso o conselho decida puni-la. Por causa disso, a Executiva Estadual do PT vai se reunir na próxima segunda-feira (17) para discutir a posição que o partido vai adotar em relação ao senador Ciro Nogueira (PP), que assinou a representação contra a senadora piauiense.

A Executiva e a militância do PT tem mostrado um posicionamento diferente do governador Wellington Dias (PT) no que diz respeito à aliança entre os partidos. No entanto, a palavra de Wellington é que conta para a decisão final. E, para ele, tudo continua muito bem entre os dois partidos.

O fato só aumenta o clima de instabilidade petistas e progressistas. A insatisfação da militância do PT começou com o apoio do PP, presidido nacionalmente por Ciro, ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

ENTENDA

Regina se juntou às colegas de partido Gleisi Hoffmann (PR) e Fátima Bezerra (RN), além de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Ângela Portela (PDT-RR) para protestar contra a reforma trabalhista. Elas ocuparam a mesa diretora e permaneceram ali mesmo com os insistentes pedidos do presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB) e o corte dos som dos microfones e da energia elétrica.

O senador José Medeiro (PSD) considerou o caso quebra do decoro parlamentar e recolheu assinatura dos parlamentares com o mesmo entendimento. O pedido foi acatado pelo senador João Alberto Souza (PMDB), presidente do Conselho de Ética. 15 parlamentares assinaram a representação, entre eles Ciro Nogueira e Elmano Férrer (PMDB).

À Agência Senado, Regina afirmou que é deprimente que o presidente do conselho tenha aceitado abrir processo contra elas e tenha rejeitado processar o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

"É de lamentar, porque a gente tem uma carrada de provas aí contra senadores que cometeram coisas muito graves e o presidente do Conselho de Ética sequer admite, e, quando admite, é por conta de recursos. E mesmo com recursos, ainda articula não abrir o processo. Abrir processo contra nós vai ser deprimente para a imagem do Senado e do Conselho de Ética. Mas nós vamos nos defender", disse.

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