Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Na última semana, o vereador R. Silva (PP) participou de audiência com o deputado Silas Freire (PR) para se colocar de forma contrária à inclusão dos militares e bombeiros na reforma da Previdência. O parlamente é policial de carreira e afirma que os direitos dos militares são diferentes dos trabalhadores civis.

“Não dá pra colocar no mesmo projeto uma mesma regra pra todas as categorias de trabalhador. (...) Nós estamos coletando assinaturas dos três senadores do estado do Piauí e dos dez deputados federais para que eles possam se manifestar contrariamente a essa aprovação. Isso tem sido feito [também] através das associações nacionais dos policiais militares e bombeiros que estão já trabalhando nos seus [respectivos] estados. Está sendo feito um trabalho a nível de Brasil”, declarou.

No Piauí, os petistas Assis Carvalho e Regina Sousa, são os principais críticos da reforma como foi proposta pelo governo Temer. Carvalho participa da comissão especial que analisa a reforma na Câmara e Sousa tem se articulado com outros senadores para a implantação de uma CPI da Previdência no Senado.

ENTENDA O CASO

Diante da proposta da reforma da Previdência, que tramita sob a PEC 287/16, os estados têm defendido que militares e bombeiros sejam inclusos nas modificações que serão implementadas caso a PEC seja aprovada. A justificativa, segundo os defensores desta tese, é que as duas categorias são grandes respons´vais pelo "rombo nas finanças regionais", conforme reportou O Globo.

Temer recuou da inclusão diante da pressão das categorias, mas o fantasma dessa possibilidade ainda assombra militares, que têm se mobilizado contra a inserção.