"Nos aproximamos de um desgoverno", diz presidente da OAB

por Francicleiton Cardoso e Viviane Menegazzo

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o piauiense Marcus Vinicius Furtado Coêlho, parece não estar satisfeito com o governo federal. As avaliações dele durante o Colégio de Presidentes de Seccionais, que acontece em Teresina, foram pesadas. Na manhã de hoje (18) Marcus chegou a dizer que começa um “desgoverno” no Brasil.

“Estamos ajudando o governo federal a governar o Brasil. O governo está encastelado. Podemos dizer que a cada dia ele se aproxima de um desgoverno. O governo precisa melhorar o Brasil, do jeito que estamos, a população só tem sofrido”, afirmou o presidente, defendendo que os ajustes apresentados pela presidenta Dilma Rousseff (PT) são prejudiciais ao contribuinte. Marcus defende que os cortes são mais importantes que os ajustes.

Presidente Marcus Vinicius fez duras críticas ao governo federal. (Fotos: Jailson Soares / Política Dinâmica)

Segundo Marcus Vinicius, a sociedade brasileira tem de lançar alerta ao governo federal, exigindo respostas firmes, não diálogo de faz-de-conta. “O governo federal tem de ouvir a sociedade, que nunca está errada. Quando milhares de brasileiros foram às ruas em 2013 cobrar que os bilhões gastos em estádios de futebol fossem investidos em hospitais e escolas, eles estavam certos”, exemplificou.

Marcus defende que a sociedade brasileira tem que lançar alerta.

Durante a abertura do Colégio de Presidentes, Marcus Vinicius classificou como “virada histórica” a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal proibindo o financiamento privado de campanhas eleitorais . “A curva estava ascendente: a cada eleição, ficava mais caro eleger os representantes, chegando a valores na casa de R$ 20 milhões por deputado federal”, afirmou. “Agora, a curva passa a ser descendente.”

O presidente comentou sobre a proibição de financiamento privado de campanhas.

Para a OAB, esta decisão não resolverá todos os problemas. O combate à corrupção deve ser repressivo, mas também preventivo. Segundo a entidade, o momento agora exigirá dos eleitores a vigilância sobre as campanhas: com o fim do investimento empresarial, será mais fácil identificar os candidatos que usam Caixa 2, pois as propagandas continuarão “hollywoodianas”.

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