QUEM AJUDOU EMIR MARTINS?

Emir Martins, a família, estagiários e ex-funcionário do MP são investigados por desviar R$ 20 milhões (Foto:Arquivo Pessoal)

Por Lídia Brito

O ex-procurador de Justiça, Emir Martins, apontado como chefe do esquema que desviou R$ 20 milhões do Ministério Público Estadual, não agiu sozinho. De acordo com informações do promotor Rômulo Cordão - que investiga o caso – ele contou com ajuda de outros funcionários do MP e de pessoas de fora da instituição.

Emir era o “cabeça” do esquema de corrupção e tinha como braço direito o ex-chefe do setor de folha de pagamento do Ministério Público, José Ribamar Sena Rosa. O ex-funcionário teria uma função essencial no esquema ao ajudar a falsificar as folhas de pagamento.

Para desviar dinheiro do órgão, Emir contou com funcionários fantasmas e com estagiários que repassavam parte do salário recebido para o procurador. Na folha de pagamento desses estagiários, constava um salário muito maior do que eles de fato recebiam. A diferença era repassar para Emir. O valor não era pequeno.

FAMÍLIA ENVOLVIDA

Do lado de fora do Ministério Público, Emir envolveu praticamente toda a família no esquema de corrupção. O filho, a nora, as cunhadas, o genro e a ex-mulher são investigados por terem recebido dinheiro com o esquema de corrupção. As quantias envolvidas são milionárias. A suspeita é que somente o filho de Emir tenha embolsado R$ 1 milhão dos cofres públicos.

Os desvios teriam ocorrido entre os anos de 2004 e 2008 quando Emir Martins esteve no cargo. A prisão dele e de mais quatro pessoas da família foram deflagradas pelo operação “I L Capo” do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. 

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