O impasse entre o PT e o PMDB sobre a criação da Fundação Estadual Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH) parece longe de terminar. O governador, Wellington Dias (PT), foi chamado para resolver a questão, que já se tornou um verdadeiro cabo de guerra entre as duas legendas.
A “guerra” tem ocorrido nas comissões. Depois do deputado João Madison (PMDB) apresentar projeto garantindo poderes e liberdade de atuação para a fundação, os peemedebistas foram surpreendidos com emenda encaminhada à Assembleia Legislativa pelo secretário de Saúde, Francisco Costa (PT).
De acordo com a emenda, fica limitado o poder de contratação de funcionários pela FEPISERH. O deputado João de Deus (PT), líder do governo na Assembleia, que apresentou a emenda, afirma que no caso de contratação direta, a fundação não pode ultrapassar 30% dos servidores da Secretaria de Saúde.
A ideia desagradou o PMDB e o deputado João Madison (PMDB) pediu uma reunião com o governador para resolver o impasse. “Resolvemos ter uma conversa com o governador. O objetivo é chegar ao um entendimento. Não somos contra a emenda. Nossa preocupação é que essa fundação irá usar basicamente funcionário da Sesapi. Essa limitação pode atrapalhar. Uma emenda dessa restringe e prejudica o trabalho da fundação e cria problema devido a quantidade de hospitais que existem. Isso nos leva a uma preocupação devido a quantidade de hospitais”, explicou.
O líder João de Deus afirma que a emenda visa assegurar que na hora da contratação, a FEPISERH tenha que privilegiar os servidores de carreira. “Não se trata de veto para servidor da Sesapi ir para a fundação, pelo contrário, ela prioriza os servidores de carreira para trabalharem nos hospitais. A emenda diz que no caso de contratação direta não pode ultrapassar 30% dos servidores da Sesapi. Isso representa mais de 3 mil servidores. A proposição é do secretário de Saúde, Francisco Costa (PT)”, declarou.
O PMDB quer ouvir do governador que a fundação terá liberdade para trabalhar. A pasta será comanda pelo peemedebista, Pablo Santos, mas eles querem garantias de que não haverá interferência de petistas. A resposta será dada na tarde desta segunda-feira (13).
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