PARALISAÇÃO NA SAÚDE

por Erisnaldo Kaenga e Viviane Menegazzo

Foto: Jailson Soares/Política Dinâmica

Mais uma categoria vai cruzar os braços no Piauí. Dessa vez são os servidores da área de Saúde do Estado, que dizem não ter recebido nenhuma proposta do Governo, mas já adiantam que não vão escalonar reajuste.

Em reunião com  vereadores e com o deputado federal Rodrigo Martins (PSB), o tesoureiro do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) Renato Leal deixou claro que vai haver uma paralisação no início do mês de junho, em todos os atendimentos “eletivos”, se não houver um acordo entre o Governo do Estado e os servidores da Saúde.

“A gente vai fazer uma assembleia e a categoria médica vai definir o que vai fazer, mas já tem uma greve marcada a partir do dia primeiro se nada acontecer. Vai ser paralisado tudo que é eletivo, ou seja, a urgência e emergência vai funcionar normalmente, agora aquela consulta agendada, aquelas cirurgias vão ser paralisadas”, explica Renato Leal. A ideia é para 16 hospitais no Estado, sendo sete em Teresina, e a justificativa é o não cumprimento da Lei da Carreira Médica, que diz que a cada dois anos o servidor tem direito a progressão dos níveis.

Com relação a um possível acordo com o Governo, ele foi incisivo em dizer que não aceita parcelamento, assim como os servidores da Segurança. “Nós não queremos escalonar o que está na Lei já escalonado há seis anos. Eles não fizeram proposta nenhuma, o secretário disse que não podia e não sabe nem quando vai poder”, explica Renato Leal, se referindo ao secretário de Saúde, Francisco de Assis de Oliveira. “Estamos tendo diálogo com o secretário, só que ele lá não manda em nada. Só tem um secretário que manda, é o da Fazenda, só ele e o governador, e eu acho que nem o governador manda mais do que ele", destaca.

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