PARA WELLINGTON DIAS, GREVE É “ABUSIVAMENTE ILEGAL”

Sinte e governo não chegam a acordo e greve é deflagrada (Foto: Reprodução / Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O impasse sobre o início do ano letivo na rede estadual de ensino continua. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) deflagra greve na manhã desta segunda-feira (13), após decisão tomada durante assembleia na última sexta (10). O governo diz que a greve é ilegal.

Para o governador Wellington Dias (PT) existe um ruído de comunicação entre o governo e a categoria. “Eu percebo que há uma distância entre aquilo que estamos dialogando com a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação [Sinte] e aquilo que está chegando ao conjunto dos professores. (...) Estou aqui, em primeiro lugar, conclamando aos professores pra gente, em todo o Piauí, retornar as aulas. Estou aqui conclamando os estudantes que estão matriculados a comparecer às escolas”, disse.

O governador reafirmou que o Piauí paga acima do piso e voltou a comparar com a realidade de outros estados, que segundo ele não tem conseguido cumprir o reajuste. Declarou ainda que os professores faltosos terão o ponto cortado.

Wellington disse que dialogou com o Sindicato e disse que a greve é “abusivamente ilegal” e aciona hoje a Procuradoria-Geral do Estado para entrar com o pedido de ilegalidade da greve, de modo que seja suspensa.

CONTRAPONTO

Segundo a presidente do Sinte-PI, Odeni Silva, a categoria não aceita o parcelamento do reajuste do piso em duas vezes, nos meses de janeiro e julho. “Nós não iniciaremos, vamos exigir respeito do governo para que haja antecipação dessa segunda parcela, bem como uma resposta em relação ao reajuste dos funcionários da educação”, declarou.

Entre as motivações para a greve estão, segundo o Sindicato, o desacordo com o parcelamento do piso, a ausência de proposta para funcionários e a estrutura das escolas. Para o secretário de comunicação do Sinte-PI, Kássyus Lages, “o governo faz pouco do trabalhador e faz pouco do nosso sindicato.

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