Por Ananda Oliveira e Marcos Melo
O vereador Dudu (PT) fez um novo requerimento à Câmara de Teresina, na manhã desta terça-feira (25), pedindo esclarecimentos sobre a viagem do prefeito Firmino Filho (PSDB) à Brasília. O parlamentar suspeita que a viagem foi feita com o intuito de buscar advogados para fazer sua defesa nas investigações da Operação Lava Jato, onde o tucano foi citado. Mais uma vez, a solicitação do parlamentar foi vetada pelos vereadores presentes na Casa no momento da votação. A favor estavam o requerente, a vereadora Cida Santiago (PHS), Deolindo Moura (PT), Luiz Lobão (PMDB) e Caio Bucar (PSD).
“Se ele estava lá [em Brasília] e precisa de apoio, nós queremos é reforçar com a bancada. Agora se ele foi tratar de questões pessoais dele, de constituir advogados para defende-lo das acusações na Lava Jato, aí não cabe ao poder público custear”, disse.
Dudu defende ainda que a Câmara está tentando, sistematicamente, blindar Firmino de dar explicações. “O que deu a entender aqui hoje é que foi, que ele realmente saiu com dinheiro público, que foi fazer algo que não era em nome do povo de Teresina e que a Câmara ficou com tanto medo que blindou essa informação. (...) Quem está atrás dele não é o vereador Dudu não, é a Justiça Federal”, explicou.
INVESTIGAÇÕES
Dudu afirma que já está recolhendo provas sobre o caso e que pode procurar a Justiça.
“Tem outras esferas. Aqui era uma só agilização do trâmite, mas tem o Portal da Transparência, agências de turismo que prestam serviço à Prefeitura, estadia, isso tudo é fácil de localizar. O que vai me dar mais trabalho é saber realmente se ele esteve lá só pra constituir esses advogados, mas nós vamos saber. Caso a gente constate algo, iremos à Justiça. Não quero dizer isso porque quero estar com tudo na mão”, afirmou.
O vereador defende que se as suspeitas forem confirmadas, trata-se de improbidade administrativa. “Se for provado, ele está se defendendo de um crime criando outro”, declarou.
Até o momento, o prefeito Firmino Filho só se manifestou através de nota, onde declara que a Construtora Odebrecht não consta na lista de doadores na campanha eleitoral de 2012.
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