LUCIANO NUNES COMENTA IMPACTO DAS DENÚNCIAS CONTRA AÉCIO NEVES PARA O PSDB

Luciano Nunes diz que “é cedo para fazer qualquer juízo de valor” (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

As delações do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, que à Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria pedido R$ 2 milhões à JBS para pagar pela sua defesa na Lava Jato atingiram em cheio o partido que o parlamentar mineiro preside, a nível nacional. O tucano nega as acusações.

Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (18), o deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) comentou o impacto gerado pelos últimos acontecimentos, mas se esquivou de falar do partido de forma mais contundente. O tucano afirma que tudo é muito recente para comentar e que é muito cedo para fazer uma avaliação sobre o futuro do PSDB. Ele espera que em breve ocorra uma avaliação interna do partido e algumas mudanças, mas não pontuou quais seriam elas. Neves foi afastado do cargo pelo STF.

“Eu não tenho como me aprofundar aqui nestas questões porque ainda estou me inteirando dos fatos, mas realmente lamentamos muito. Para o partido foi um choque grande e temos que aguardar os acontecimentos. Trabalhar para que o Brasil possa sair dessa crise que prejudica a todos. Está a poucas horas dos acontecimentos [não dá] pra fazer qualquer juízo de valor”, destacou Nunes.

As bancadas do PSDB na Câmara dos Deputados e no Senado defendem a saída de Aécio da presidência do partido e há negociação nos bastidores nesse sentido. A sigla espera a renúncia de Neves, senão ele será destituído de forma unilateral do cargo. O vice-presidente jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio, deve assumir o cargo interinamente e convocar a Executiva Nacional do partido para novas eleições.

A irmã e assessora do senador Aécio Neves, Andrea Neves, foi presa na manhã desta quinta-feira (18) por agentes da Polícia Federal e Ministério Público. O primo do senador, Frederico Pacheco de Medeiros, também foi preso. Ambos estariam envolvidos em esquema de propina. O ministro Edson Fachin decidiu há pouco, em decisão monocrática, negar o pedido de prisão da PGR do senador Aécio Neves. Ele não levará o caso ao plenário do STF.

O deputado Luciano Nunes demonstrou perplexidade diante dos últimos acontecimentos. “Os fatos por si só que foram noticiados já são gravíssimos e chocantes. Vamos ter desdobramentos disso. Do próprio Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto, temos que ver qual vai ser a posição do presidente Temer”, declarou.

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