“O GOLPE NÃO TERMINOU AINDA”, DIZ MERLONG SOLANO

Merlong Solano disse que há esforço para não permitir a desorganização financeira do Piauí (Foto: ASCOM/Merlong Solano)

Por Ananda Oliveira e Lídia Brito

O secretário estadual de governo Merlong Solano (PT) falou à reportagem do Política Dinâmica sobre o momento político que o Partido dos Trabalhadores passa pós impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele reconhece que esse é “um momento político extremamente difícil”. Soma-se a isso as acusações de corrupção que recaem sobre o ex-presidente Lula e a queda da preferência do eleitor pelo partido mostra-se ainda mais acentuada. Este ano, o partido perdeu prefeituras importantes já em primeiro turno, sendo o caso mais expressivo ocorrido na capital paulista, onde João Doria (PSDB) derrotou o candidato petista e atual prefeito daquela cidade, Fernando Haddad, já no dia 2 de outubro.

Merlong Solano disse que o projeto dos adversários políticos do PT ainda não está acabado. “O golpe não terminou ainda. Começou com o afastamento da presidente Dilma, continua com a criminalização do Lula e do PT. O ideal, para as forças que chegaram ao governo, seria cassar o registro do PT”, sentenciou.

Merlong Solano afirmou que existe contribuição conjunta entre “muitas forças políticas que agora voltaram ao poder e a grande mídia” para a má imagem que o partido tem agora diante de boa parta da população. Para ele, o PT foi transformado “em uma espécie de bode expiatório de todos os problemas do país” e a impressão que os partidos opositores procuram passar “é de que o problema de corrupção apareceu no Brasil a partir do dia que o PT chegou no governo”.

O secretário defendeu seu partido e disse que “se vê gente poderosa presa” porque o partido combateu a corrupção, pela primeira vez na história do Brasil.

“Se é verdade, por um lado, que aconteceram casos de corrupção envolvendo pessoas do PT, por outro lado é verdade que pela primeira vez na história do país, combateu pra valer a corrupção. Por isso a gente vê gente poderosa presa. A Polícia Federal hoje tem condições de investigar, desde a época do nosso governo. O Procurador Geral da República deixou de ser o engavetador geral da República para ser uma pessoa que autoriza o andamento dos inquéritos”, enfatizou Merlong.

O secretário pontuou ainda que embora o momento seja difícil em âmbito nacional, o PT cresceu no estado em número de prefeitos, que passou de 21 para 38 prefeituras, e o governo de Wellington Dias (PT) é bem avaliado.

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