por Maura Vitória e Viviane Menegazzo

Lançada na manhã de hoje (10), a 14° Marcha Contra a Corrupção e Pela Vida promovida pela Força Tarefa Popular percorrerá 200 km entre Goiânia e Brasília entre os dias 14 e 27 de Junho. A Marcha traz como propostas esse ano a criação do "Estado Ético Democrático de Direito" que segundo o coordenador no Piauí, Arimatéia Dantas, é um ponto importantíssimo. "Elegemos nossos representantes democraticamente, mas quando eles vão exercer suas funções, a maioria não age com ética. Então o estado não precisa ser só democrático, ele tem que ser ético e, se isso entrar para a Constituição, a ética vai passar a ser também uma prioridade do estado e isso vai influenciar em todas as dimensões de várias formas. Mas o primeiro passo é transformar o estado ético democrático”, explica.

Outro ponto abordado pela Marcha é denunciar ao Conselho Nacional de Justiça os crimes de improbidade que, segundo Arimatéia, não são julgados no Piauí há muito tempo, apenas 18℅ da demanda foi julgada. Também junto ao Ministério da Educação, será apresentado uma proposta de controle social nas escolas. "As nossas perspectivas são de que devemos trabalhar com as futuras gerações, preparar esse pessoal porque se a gente não trabalhar com as nossas crianças, não educar, não discutir a ética, nós vamos colher adultos como somos hoje", justifica.

No Piauí, Arimatéia defende que quando as pessoas percebem a marcha, isso as estimula a denunciarem as situações em seus municípios, e as denúncias são apresentadas e formalizadas juntos aos gestores competentes. A população também conta com cursos de acesso a informação para que a fiscalização seja mais efetiva.

A Forca Tarefa é tipo uma sentinela que alerta as pessoas contra a prática da corrupção e os resultados demostram que esse é o caminho certo para a sociedade, mas Arimatéia ressalta que está faltando cidadãos com consciência e vontade de mudanças. "Não precisamos de mais leis, precisamos de pessoas para olhar e é por isso que a marcha tá ai. Nós pedimos ao povo que eles façam parte desse processo, não adianta esperar que um juiz, polícia federal, ministério público vir resolver o problema, nós temos que nos juntar", finaliza.